TIÃO OLIVEIRA
O Natal está chegando e se você não fez o seu pedido ao Papai Noel, corra que ainda dá tempo. Para ajudá-lo nessa difícil tarefa, preparamos três sugestões interessantes e até um cupom para facilitar a sua vida. Demos uma voltinha no Peugeot RCZ, no Mercedes-Benz SLS AMG e Audi R8 Spyder. São propostas bem distintas, é verdade, mas podemos garantir: ao volante, qualquer um deles é pura diversão.
O Peugeot é o mais “manso” desse trio. Mas não se deixe enganar. Além de ter 165 cv, ele é bom de curva e chama bastante a atenção por onde passa. Diferentemente do carro vendido aqui, no modelo avaliado pelo JC em 2010 na Europa havia uma membrana no escapamento que deixava o ronco mais esportivo.
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O Mercedes é de parar o trânsito. Impossível alguém ficar indiferente à forma de abertura das portas “asas de gaivota”. Basta parar no semáforo para se sentir um astro da TV – todo mundo fotografa. Para encontrar o carro no estacionamento, por exemplo, basta procurar pela maior aglomeração de pessoas.
O R8 está consolidado – o cupê chegou em 2006. Também não há como passar despercebido a bordo do conversível. Pena que em São Paulo não é seguro rodar com a capota abaixada.
Confira nas próximas páginas os atrativos desse trio, escolha o que mais se parece com você e preencha o cupom ao lado. Depois, basta recortar, enviar imediatamente à Lapônia e torcer para Santa Claus atender o seu pedido. Boa sorte!
Boa pegada e 165 cv por R$ 139.900
Ele tem jeitão de Audi TT, mas seu coração é BMW, também um legítimo alemão. Feito em Graz, na Áustria, o RCZ, da francesa Peugeot, chega ao Brasil como um exemplo acabado do significado de globalização. De nicho, o carro foi lançado aqui para dar uma valorizada na marca.
Por R$ 139.900 (até quinta-feira passada a tabela, sem o aumento do IPI, era R$ 10 mil mais em conta, o RCZ é bem interessante. No interior, bem acabado, uma coisinha aqui, outra ali, destoam um pouco da proposta esportiva. É o caso, por exemplo, do volante e dos botões que acionam vidros e retrovisores elétricos. Os componentes vêm das linhas 307 e do 408, modelo para lá de familiar.
Mas as respostas do quatro-cilindros 1.6 com turbo de 165 cv e da caixa automática sequencial de seis marchas ajudam a esquecer esses “deslizes”. Baixinho (1,36 metro), calçado com pneus 235/45 em rodas de 18 polegadas e dotado de soluções aerodinâmicas, como a dupla ondulação no teto e o aerofólio retrátil, esse austríaco é grudado no chão.
Peca pela suspensão um pouco barulhenta, mas nada que chegue a comprometer o conforto. Taí um mimo interessante para pedir a Santa Claus.
Lobo em forma de… lobo
Ok, ok, aqui o patamar é outro. A começar pelo motorzão V8 de 571 cv que o leva a 317 km/h. A tabela é de US$ 380 mil (cerca de R$ 700 mil) e o tipo de abertura das portas – asas de gaivota – remonta um mítico esportivo lançado há quase 60 anos. O Mercedes-Benz SLS AMG é o primeiro carro desenvolvido pela divisão de preparação da marca.
Inspirado no 300 SL, pioneiro a adotar sistema de injeção direta de gasolina (isso em 1954), o SLS AMG é o suprassumo da engenharia alemã. Sua cara de mau não é apenas para impressionar. Ele é bravo mesmo.
Várias soluções adotadas nesse Mercedes lembram superesportivos mais nervosos, como o Porsche 911 Turbo. É o caso do sistema de lançamento, que permite arrancar forte e acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,8 segundos (o 911 Turbo é só 0,4s mais rápido).
Outras similaridades são o acabamento interno primoroso e a maneira como o SLS trata o motorista. Embora baste pisar forte no pedal da direita para grudar as costas no banco, ele não é cansativo de guiar. Dá para usar no dia a dia e, com alguma boa vontade, até fazer compras no supermercado.
Mas não é por isso que você o pediria de presente, é?
Agradecimento: Sorana Toyota, que cedeu o espaço onde foram feitas as fotos desta reportagem
