RAFAELA BORGES
A General Motors do Brasil pretende se transformar no maior centro de desenvolvimento de modelos voltados a mercados emergentes do grupo. O Cobalt, cuja versão conceitual foi mostrada no mês passado no Salão de Buenos Aires, é o primeiro desses carros. “Ele é adequado a países da Ásia, entre eles a China”, diz o presidente da GM América do Sul, Jaime Ardila.
A versão definitiva do Cobalt será lançada no País entre o fim deste ano e o início de 2012, para ocupar o lugar deixado pelo sedã Astra, atualmente oferecido somente para frotistas. De acordo com Ardila, o novo carro foi totalmente desenvolvido pelas equipes de engenharia e design da filial brasileira da GM.
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Na divisão dos centros de tecnologia da empresa pelo mundo, o Brasil ficou com as picapes e a Coreia do Sul, com modelos compactos – mesmo segmento do Cobalt. “Os sul-coreanos estão se especializando em carros pequenos para países desenvolvidos da Europa e os EUA (a exemplo do Spark)”, diz Ardila.
Isso abriu espaço para que o Brasil possa se dedicar a carros, de qualquer segmento, voltados aos emergentes. “São países com clientes que têm menor capacidade de compra e legislação diferente (na comparação com EUA e Europa)”, explica Ardila.
De acordo com o executivo, exportar serviços tecnológicos está se tornando um bom negócio para a GM do Brasil. “Exemplos disso são o desenvolvimento de arquiteturas globais e assessoria em motores flexíveis.”
Ele diz que, neste ano, a filial deve faturar US$ 500 milhões com a exportação de serviços tecnológicos, ante os US$ 300 milhões arrecadados em 2010.
O centro de desenvolvimento da GM do Brasil também foi responsável pela criação do protótipo Colorado Rally. A versão definitiva será um modelo global e, no Brasil, substituirá a picape S10 até o início do ano que vem.