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iCar, Dolphin, Kwid e e-208: os 10 carros elétricos mais baratos do Brasil
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iCar, Dolphin, Kwid e e-208: os 10 carros elétricos mais baratos do Brasil

BYD Dolphin entra na lista dos carros elétricos mais baratos do País; JAC emplaca três modelos, Kwid e Caoa Chery iCar custam o mesmo

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

29 de jun, 2023 · 11 minutos de leitura.

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e-js1
Lista dos elétricos mais baratos ganha novo BYD Dolphin
Crédito:Montagem/Rodrigo Tavares/Jornal do Carro

O lançamento do BYD Dolphin no Brasil acaba de movimentar o mercado de carros elétricos. Isso porque o hatch chinês desembarca com preço competitivo. Embora seja razoavelmente maior que os concorrentes diretos, como Caoa Chery iCar, JAC e-JS1 e Renault Kwid E-Tech, o modelo chega entre os rivais, como um dos carros a bateria mais acessíveis do País.

Ainda assim, o alto preço é apontado como o principal motivo para as vendas ainda baixas de carros elétricos no mercado brasileiro. Afinal, com o valor da tabela do JAC e-JS1, por exemplo, dá para comprar ao menos 2 Renault Kwid 1.0, o carro com motor a combustão mais barato do País. O compacto feito no Paraná parte de R$ 68.990. A seguir, o Jornal do Carro traz a lista atualizada com os 10 carros elétricos mais baratos do País. Confira!



Os 10 carros elétricos mais acessíveis à venda no Brasil

1º) JAC E-JS1: R$ 145.900

elétricos
(JAC/Divulgação)

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O subcompacto chegou ao Brasil em novembro de 2021. Feito na China pela Si Hao, formada pela união da JAC Motors e Volkswagen, o e-JS1 tem motor com potência equivalente a 61 cv e torque de 15,3 mkgf. Além disso, pode acelerar de 0 a 100 km/h em 13 segundos. As baterias têm capacidade de 30 kWh. Entre os itens de série há central multimídia com tela de 10 polegadas e quadro de instrumentos com tela de 6″, por exemplo. Segundo a marca, o carro tem 3,65 metros de comprimento e 2,39 m de distância entre os eixos.

2º) BYD Dolphin: R$ 149.800

BYD Dolphin elétrico
(BYD/Divulgação)

Ocupando o segundo lugar na lista, está o BYD Dolphin. Razoavelmente maior que os rivais e-JS1 e Kwid, a novidade conta com um motor elétrico dianteiro de 95 CV. O torque fica em 18,3 mkgf. A BYD, a princípio, crava que o 0 a 100 km/h é feito em 10,9 segundos e a velocidade máxima: 160 km/h. Além disso, o modelo tem autonomia de 291 km com uma carga. Um dos seus destaques é a tela central de 12,8 polegadas com função rotativa. O modelo tem entre-eixos de 2,70 metros e comprimento de 4,12 metros, por exemplo.


3º) Renault Kwid E-Tech e Caoa Chery iCar: R$ 149.990

Renault Kwid E-Tech
(DIOGO DE OLIVEIRA/ESTADÃO)

No terceiro lugar, temos um empate técnico. O Renault Kwid e-Tech estreou no País em maio de 2022 por R$ 142.990. Entretanto, quando o segundo lote chegou, o preço do hatch subiu para R$ 146.990. E agora teve mais um aumento, indo para R$ 149.990, empatando com o Caoa Chery iCar. Segundo a marca, o Renault feito na China tem motor elétrico com potência equivalente a 65 cv e torque máximo de 11,5 mkgf. O compacto tem 3,68 metros de comprimento e 2,42 m de distância entre os eixos.

elétricos iCar carros
(ALEX SILVA/ESTADAO)

Com a proposta de ser o elétrico mais barato do País, o iCar chegou às autorizadas da Caoa Chery em junho do ano passado. De lá para cá, no entanto, o preço do modelo chinês subiu R$ 10 mil, e com o aumento de preço do rival Kwid e-Tech, empatam no preço. O motor elétrico produz potência equivalente a 61 cv e torque de 15,3 mkgf. Além disso, segundo a marca, o pacote de baterias, de 30,8 kWh, garante até 282 km de autonomia. Mesmo com apenas 3,20 metros de comprimento e 2,15 m de entre-eixos, pode levar até quatro pessoas, por exemplo.

4º) Fiat 500e: R$ 224.990,00

elétricos
(Fiat/Divulgação)

500e é o nome do Fiat 500 elétrico, que teve uma queda considerável em seu preço desde nossa última lista, em janeiro: o compacto da Fiat agora custa R$ 29.800 a menos. Além do visual exclusivo, o carro tem motor de 118 cv e 22,4 mkgf. Com isso, pode acelerar de 0 a 100 km/h em 9 segundos. Além disso, segundo a Fiat, a autonomia de 320 km é resultado das baterias de 42 kWh. Trata-se de um dos carros elétricos mais charmosos da lista, e ocupa o quarto lugar.


5º) Peugeot e-208 GT: R$ 237.990,00

elétricos
(Peugeot/Divulgação)

Em relação aos valores empregados em janeiro, a Peugeot subiu o preço do hatch e-208 em R$ 2 mil, indo de R$ 235.990 para R$ 237.990. Por isso, ele fica na quinta posição da lista dos carros elétricos mais baratos. O motor de 136 cv e 26,5 mkgf pode acelerá-lo de 0 a 100 km/h leva 8,3 segundos. Segundo a marca, a autonomia supera os 360 km, por exemplo.

6º) Renault Zoe: R$ 239.990

elétricos
(Diogo de Oliveira/Jornal do Carro)

O Renault Zoe é um hatch com motor elétrico de 135 cv e 25 mkgf. Com ele, acelera de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos. Além disso, segundo a marca, a autonomia de 385 km é garantida pelas baterias de 52 kWh. Além de linhas modernas, há boa lista de equipamentos, com ar-condicionado digital e multimídia com tela de 7″. O sistema espelha smartphones com Apple CarPlay e Android Auto. O carro feito na França tem 4,09 m de comprimento e 2,59 m de entre-eixos, e manteve seu preço inalterado desde a última lista, por exemplo.

7º) JAC E-JS4: R$ 242.900

elétricos
(Vagner Aquino/Jornal do Carro)

O SUV elétrico da JAC subiu de preço em relação à última lista, em janeiro: exatos R$ 3 mil. Segundo a marca, o motor gera o equivalente a 150 cv e 34,7 mkgf. Além disso, as baterias de fosfato de ferro-lítio, com capacidade de 55 kWh, permitem que o carro rode 420 km entre as recargas. Além disso, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 7,5 segundos. As dimensões são: 4,4 m de comprimento e 1,78 m de largura. Por sua vez, a distância entre os eixos é de 2,62 m.


8º) JAC E-J7: R$ 252.900

JAC e-J7 elétrico
(JAC/Divulgação)

Assim como o SUV E-JS4, o sedã também apresentou alta de R$ 3 mil. Segundo a JAC, a potência é de 193 cv e o torque, de 34,7 mkgf. Além disso, precisa de 5,9 segundos para ir de 0 a 100 km/h. Com participação do Grupo Volkswagen no desenvolvimento da parte dinâmica do chassi, o carro mede 4,77 metros de comprimento, 1,82 m de largura e 2,76 m de distância entre os eixos.

9º) Mini Cooper S E: R$ 257.990

elétricos
(KRPIX/ESTADÃO)

A versão elétrica do mítico carrinho inglês ocupa o penúltimo lugar na lista. O Mini Cooper S E tem motor de 184 cv e 27,5 mkgf e acelera de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos. Além disso, com baterias de 42 kWh, dá para rodar mais de 230 km. O quadro de instrumentos tem tela digital de 5″ e há outra, de 8″, do sistema multimídia, por exemplo. Conforme a marca, conexão com internet, assistentes eletrônicos de condução e ar-condicionado de duas zonas vêm de série.

10º) Peugeot e-2008: R$ 259.990

elétricos
Peugeot/Divulgação

Décimo modelo da nossa, o e-2008 faz parte da nova geração do SUV da Peugeot. Porém, em vez de motor a combustão ele traz o mesmo elétrica de 136 cv do hatch. Porém, como é mais pesado, sua autonomia é menor, de até 345 km. O SUV elétrico convive no Brasil com o da geração anterior, oferecido com motor a combustão.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”