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Toyota Yaris Cross já roda em testes no Brasil; novo SUV estreia em 2024
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Toyota Yaris Cross já roda em testes no Brasil; novo SUV estreia em 2024

Novo Toyota Yaris Cross tem previsão de estreia para 2024 com conjunto híbrido flex com 110 cv de potência; SUV será feito em Sorocaba (SP)

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

25 de jun, 2023 · 5 minutos de leitura.

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toyota yaris cross
Yaris Cross está previsto para estrear no Brasil 2024
Crédito:Foto: Renan Melo/Canal GT Autos

Tal como o Jornal do Carro antecipou em maio, a Toyota vai lançar no Brasil o Yaris Cross, novo SUV compacto que estreou na Ásia (veja aqui o preço). Diferente do homônimo europeu, o modelo asiático usa base modular da Daihatsu, marca de baixo custo da montadora japonesa. A produção será em Sorocaba (SP), com lançamento previsto para o 2º semestre de 2024, já como linha 2025. Pois o Yaris Cross nacional também já roda no Brasil.  

Flagras feitos por Renan Melo, do canal GT Autos de São Bernardo do Campo (SP), mostram o novo SUV ainda com camuflagem pesada. Entretanto, é possível notar suas características principais, como, por exemplo, o formato das lanternas que invadem as laterais. Bem como o leve caimento do teto, que herdou do irmão maior RAV4. O compacto lembra bastante o SUV lançado na Indonésia, apesar de estar coberto de adesivos.



Renan Melo/Canal GT Autos

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Yaris Cross tem tamanho de Hyundai Creta

Seja como for, mesmo herdando traços de modelos maiores, com o próprio RAV4, o Yaris Cross terá custo mais baixo. Na Indonésia, o modelo será posicionado entre o pequeno Raize (indisponível no Brasil) e o médio Corolla Cross, que também é feito no interior paulista. Dessa forma, a versão básica tem tabela a partir de 354 milhões de rúpias, valor equivalente a R$ 116 mil. Ou seja, custa bem menos que o SUV médio, que parte de R$ 160.690 no Brasil.

Nas dimensões, o compacto terá porte similar ao do Hyundai Creta. O modelo da Toyota tem 4,31 metros de comprimento e 2,62 m de distância entre-eixos. No SUV sul-coreano, são 4,29 m e 2,61 m, respectivamente. A altura também é quase igual em ambos: 1,62 m no Toyota e 1,63 m no Hyundai. Já na largura, o Yaris Cross tem 1,77 m e é um pouco mais estreito que o rival (1,79 m).

Yaris toyota
Reprodução/Toyota

Novo SUV da Toyota será híbrido

Aqui, a expectativa é de que o Yaris Cross ganhe produção já em 2024 na fábrica de Sorocaba, no interior paulista. O SUV deverá ter conjunto híbrido flex com motor 1.5 de 91 cv e 12,3 mkgf e um elétrico capaz de gerar 80 cv e 14,4 mkgf. Assim, a potência combinada ficará próxima de 110 cv com o câmbio automático CVT. No entanto, o SUV terá versão com motor 1.5 aspirado 106 cv e 14 mkgf de torque máximo, e câmbios manual de 5 marchas ou CVT.

No Brasil, o Toyota Yaris Cross ficará posicionado logo abaixo do Corolla Cross, com preços flutuando entre R$ 120 mil e R$ 170 mil. Dessa forma, vai desafiar todos os SUVs compactos que estão atualmente entre os mais vendidos. Ou seja, além do Creta, vai mirar também Chevrolet Tracker, Fiat Fastback, Honda HR-V e VW T-Cross.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”