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Importadoras temem possível aumento do IPI
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Importadoras temem possível aumento do IPI

Os rumores de que o governo pode aumentar o IPI a pedido da Anfavea para favorecer a indústria automobilística nacional está causando grande repercussão entre as marcas associadas à Abeiva, que reúne importadoras sem fábrica no Brasil

14 de set, 2011 · 3 minutos de leitura.

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 Importadoras temem possível aumento do IPI
RAFAELA BORGES

Os rumores de que o governo pode aumentar o IPI a pedido da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para favorecer a indústria automobilística nacional está causando grande repercussão entre as marcas associadas à Abeiva, que reúne importadoras sem fábrica no Brasil.

O presidente da associação – e também da Kia -, José Luiz Gandini, diz que a pressão da Anfavea não faz sentido, já que as associadas à Abeiva – entre elas chinesas e sul-coreanas – representam apenas 5,77% dos importados vendidos no País. Já os estrangeiros das marcas que produzem veículos aqui têm 71%, aproximadamente.

Para o presidente da chinesa JAC, Sergio Habib, aumentar o IPI para os importados é um processo complexo. “Se é uma medida para proteger as marcas da Anfavea, o governo teria de excluir desse aumento carros trazidos do México e da Argentina?”, questiona o executivo.

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A maior parte dos carros importadas pelas fabricantes é feita na Argentina e no México. “E nem todos têm peças brasileiras”, afirma Habib.

Gandini esteve com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, nesta semana. Segundo o executivo, Pimentel é contra a alta do IPI para importados. Diferentemente do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que apoia a medida.

Nos bastidores, fala-se também em uma possível alta do IPI não para os importados em geral, mas apenas para veículos acima de 2.0 – nesse caso, a Kia seria a marca associada à Abeiva mais prejudicada, assim como a conterrânea Hyundai, que integra a Anfavea.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.