Em outubro, as vendas de veículos novos cresceram 6% no País, com o VW Gol mantendo-se firme e forte no topo da lista dos mais emplacados – cerca de 210 mil unidades de janeiro a até agora. No outro extremo da lista, há modelos que vendem menos de 20 unidades por mês. E não estamos falando apenas de carros caríssimos, como Ferrari e Rolls-Royce, mas de minivans, sedãs médios e até hatches compactos, que disputam o segmento mais competitivo do mercado brasileiro.
Do primeiro grupo, a Carens é um bom exemplo. A minivan sul-coreana somou apenas 61 vendas neste ano. No mês passado, apenas um brasileiro levou o modelo da Kia para casa.
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Segundo informações da filial brasileira da marca, o motivo para as vendas minguadas é que a quarta geração do carro, apresentada em setembro de 2012, ainda não desembarcou no País. “O lançamento está previsto para o primeiro trimestre de 2014”, diz o diretor de vendas da Kia, Ary Jorge.
As oito unidades emplacadas do chinês Cielo Sedan no mês passado também são da geração antiga do carro. “Resolvemos parar de vender o modelo no Brasil. Pode ser que ele volte em 2015”, afirma o diretor comercial da Chery, Luis Cury.
NICHO
Cerca de 85% dos quase 3.900 Audi importados neste ano são de modelos de maior volume, como A1, A3, A4, A5 e Q3. Dos outros 15% fazem parte modelos de nicho, como o A8.
O sedã grande teve apenas um emplacamento em outubro. No caso do A7 foram sete vendas e no do utilitário-esportivo Q7, cinco. “São carros exclusivos e restritos a um público específico”, diz o gerente de vendas da marca, Thiago Lemes. “Os números estão dentro do esperado.”
A Toyota tem estratégia parecida para seus importados. Dos 9.600 carros que pode trazer do exterior sem recolher impostos extras, a marca japonesa prioriza o utilitário-esportivo RAV4.
O hatch híbrido Prius e o sedã Camry, por sua vez, somaram apenas 15 e 28 unidades, respectivamente, no mês passado. “É importante manter o modelo Camry disponível para atender o público de alto padrão. Quanto ao Prius, o trabalho é introduzir o conceito de carro híbrido no Brasil e atrair novos compradores”, explica o gerente geral de relações públicas e governamentais da Toyota do Brasil, Ricardo Bastos.
PATINANDO
Há modelos cujas vendas simplesmente não deslancham. Quando a Peugeot lançou o 508 no País, em maio de 2013, pretendia vender até 40 unidades por mês. Em outubro, apenas nove sedãs saíram das concessionárias da marca.
Da Volvo, o S60 teve sete emplacamentos no mês passado, enquanto a V60 somou cinco vendas. “O segmento de peruas praticamente se extinguiu no Brasil, mas resolvemos arriscar. Vendemos o modelo porque é importante para a imagem da marca”, afirma o diretor comercial da filial brasileira da Volvo, Douglas Pontele.
