A BMW saiu na frente das concorrentes alemãs – e de todas as marcas do mundo – ao lançar a submarca “i”, voltada a modelos sustentáveis, que tem em sua gama o elétrico i3 e o esportivo híbrido i8. Agora, a Mercedes-Benz deve recuperar o tempo perdido e criar a EQ, em estratégia bem semelhante à da concorrência.
A EQ, no entanto, deverá ter apenas modelos elétricos, tecnologia que domina as pautas de discussão e é tida como o futuro da mobilidade na Europa. Tanto que foi o tema central dos dois dias de prévia do Salão de Paris, evento que abriu as portas ao público neste sábado (1º). Na feira, estão sendo apresentados protótipos com soluções de eletrificação mais realistas.
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Entre eles está o crossover Generation EQ, que deve dar origem ao primeiro carro da submarca EQ, prevista para ser lançada em 2020. O protótipo foi apresentado na quinta-feira (29) pelo presidente mundial da Daimler (grupo que tem a Mercedes-Benz como principal marca), Dieter Zetsche (abaixo).
(Foto: Jacky Naegelen/Reuters)
O destaque desse protótipo fica por conta da autonomia, que, segundo informações de Zetsche, é de 500 km por recarga de bateria. O baixa autonomia era, até agora, o principal entrave à consolidação do carro elétrico, que não emite poluentes.
O jipinho conceitual da Mercedes é um das respostas a esse contratempo, assim como o Volkswagen I.D., também mostrado em Paris e com autonomia para rodar até 600 km por recarga – esse modelo também deverá ser lançado em 2020, segundo sua fabricante.
(Foto: Miguel Medina/AFP)
Antes, no Salão de Frankfurt (Alemanha) do ano passado, Audi e Porsche já tinham mostrado protótipos totalmente elétricos com 500 km de autonomia. Todos esses carros têm versões finais confirmadas para os próximos anos.
De acordo com informações da Mercedes-Benz, o Generation EQ tem 71,4 mkgf de torque. Com isso, ele é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em menos de cinco segundos, ainda conforme a fabricante.
