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Mitsubishi Motors vai utilizar plataformas da Nissan em seus veículos
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Mitsubishi Motors vai utilizar plataformas da Nissan em seus veículos

Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi vai cortar custos por meio de compartilhamento de plataformas entre as marcas japonesas a partir de 2026

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

19 de set, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Mitsubishi
Mitsubishi Eclipse Cross é um dos modelos vendidos pela HPE Automotores no Brasil. Na foto, a reestilização lançada na Ásia há um ano
Crédito:Mitsubishi/Divulgação

Desde outubro de 2016, a Mitsubishi Motors faz parte da Aliança Renault-Nissan, após a conterrânea comprar 1/3 de suas ações. Entretanto, até hoje não houve uma sinergia mais ampla entre as montadoras. Mas isso já tem data para mudar. Segundo reportagem do portal Nikkei Asia, esse realinhamento industrial vai começar em 2026. Neste ano, a Mitsubishi passará a usar plataformas da Nissan em seus carros.

A plataforma é toda a base dos veículos. É a arquitetura que reúne chassi, motores, baterias e toda a elétrica e eletrônica. O seu desenvolvimento é extremamente caro e pode, então, chegar à metade do custo de um projeto. É justamente por isso que tantos veículos compartilham a mesma plataforma. Até modelos de diferentes categorias.

Mudança de hábito

Nesse sentido, a ideia da Mitsubishi consiste em parar de desenvolver plataformas automotivas para carros de passeio no mercado japonês. Assim, a marca se valerá das arquiteturas da Nissan. E dentro de poucos anos, os veículos da marca dos três diamantes irão derivar de modelos da Nissan. Vão, inclusive, compartilhar motores, peças e conteúdos.

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FELIPE RAU/ESTADÃO

Os carros, contudo, não serão cópias dos Nissans. Os futuros Mitsubishi terão características próprias, mantendo apenas a base da fabricante parceira. É o que acontece, por exemplo, com Fiat Toro e Jeep Renegade. A dupla utiliza a base Small Wide. A arquitetura também serve ao SUV médio Compass e ao Commander, novo SUV de 7 lugares da marca.

O plano da Mitsubishi, dessa forma, é investir em pesquisa e desenvolvimento de carros elétricos. Além disso, continuará fazendo interiores, exteriores e dispositivos.


Pela metade

A meta é reduzir pela metade do número de plataformas da marca no mundo até 2026. Vai de oito para quatro. Deste total, duas permanecerão no sudeste asiático. Este é o principal mercado da Mitsubishi. As outras duas, entretanto, terão base fornecida pela Nissan. Em 2019, as fabricantes compartilhavam só 40% das plataformas.



Nessa mesma pegada, a Honda vai desenvolver plataformas para carros elétricos em conjunto com a General Motors. Já a Ford vai, então, compartilhar as plataformas de picapes elétricas com a alemã Volkswagen. Inclusive, a nova geração da Ranger, revelada neste mês, será a base da próxima Amarok. Ambas chegam ao mercado em 2023.

Brasil

A HPE Automotores do Brasil, montadora que produz e comercializa modelos da Mitsubishi e da Suzuki localmente, não quis comentar os impactos dessa nova estratégia global da marca. Em nota, a empresa informou ao Jornal do Carro apenas que "por não ser filial da Mitsubishi, não comenta questões relacionadas à aliança".


De acordo com a montadora brasileira, decisões estratégicas da aliança devem ser tratadas diretamente com as envolvidas. "Acreditamos que essa é uma diretriz ainda distante, para 2026. Por enquanto, não terá impacto no nosso mercado", finaliza a HPE. Na fábrica de Catalão, em Goiás, a HPE Automotores produz os modelos ASX, Outlander Sport, Eclipse Cross e L200, da Mitsubishi, ´bem como o Suzuki Jimny antigo.

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