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Motor 16V é rejeitado entre os usados
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Motor 16V é rejeitado entre os usados

Os novos motores E.torQ, que equipam vários modelos da Fiat, e Sigma, dos Ford Fiesta (mexicano) e Focus, têm em comum o fato de possuírem 16 válvulas. Esse tipo de propulsor, mais usado no País pelas francesas, não costuma ser bem aceito

14 de ago, 2010 · 3 minutos de leitura.

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 Motor 16V é rejeitado entre os usados

Carlos Cereijo e Leandro Alvares

Os novos motores E.torQ, que equipam vários modelos da Fiat, e Sigma, dos Ford Fiesta (mexicano) e Focus, têm em comum o fato de possuírem 16 válvulas. Esse tipo de propulsor, mais usado no País pelas francesas (Renault, Peugeot e Citroën), não costuma ser bem aceito entre os usados.

De acordo com lojistas, há um forte preconceito contra os 16V. “Nosso receio e o dos clientes é por causa do custo de manutenção, maior que o dos motores de oito válvulas”, diz o vendedor José Reyes, da Place (2605-5222).

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Na revenda da zona leste há um VW Gol 1999 1.0 16V, quatro-portas, à venda por R$ 10.900 (na pesquisa do Jornal do Carro desta quarta-feira, o modelo foi cotado a R$ 12.495). “Ele está aqui há três meses. Se o motor fosse 8V, o carro já teria sido vendido.”

Vendedor da Xavier Multimarcas (2957-1500), também na zona leste, Ulisses Matias afirma que os modelos com motor 16V só são aceitos se estiverem bem conservados. “E ainda assim a revenda é difícil”, conta. Na loja, há uma Palio Weekend 2000 1.6 16V oferecida por R$ 16.980, R$ 915 a mais que na pesquisa do JC.

Para Diogo Gama, da R1 Multimarcas (5181-9900), na zona sul, a culpa pelo preconceito com os motores 16V é dos mecânicos. “Eles assustam os clientes e as vendas encalham. A manutenção é mais cara, mas tudo depende de como o motorista cuida do seu veículo.”


Segundo o diretor técnico do Sindirepa, sindicato das reparadoras do Estado de São Paulo, Antônio Gaspar de Oliveira, o motor com 16 válvulas tem mais desempenho e economia que o de oito.

“O custo da manutenção é realmente mais alto porque existem mais partes móveis sujeitas ao desgaste. No entanto, os benefícios valem o investimento extra”, afirma Oliveira.


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