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Nissan Leaf será feito no Brasil
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Nissan Leaf será feito no Brasil

Modelo elétrico sairá da fábrica da marca em Resende, no Rio; nacionalização está prevista para 2020

05 de nov, 2015 · 6 minutos de leitura.

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 Nissan Leaf será feito no Brasil
Nissan Leaf já circula no País em frota de táxis

A Nissan vai produzir o elétrico Leaf em sua fábrica em Resende, no Rio de Janeiro. A montadora já haviaassinado um acordo com o governo do Rio de Janeiro em 2013, em que pretendia viabilizar estudo para a produção de veículos com emissão zero no País. No entanto, depois de aComissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado aprovar a isenção por até 10 anos do Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos “verdes”, a marca confirmou a empreitada, que já tem até data. Em um primeiro momento, a partir de 2017, o hatch seria montado em regime CKD, com peças vindas de fora. Já em 2020 aconteceria a nacionalização do Leaf.

De acordo com o porta-voz da marca, João Velozo, a ideia da Nissan é refazer o estudo da produção do Leaf, considerando a isenção do governo, que deve reduzir entre 25% e 30% o preço final do carro “verde”. “Precisamos entender o mercado. O dólar aumentou muito (…) Ainda não dá para definir preço final ou volume na fábrica”, diz o executivo, quando questionado sobre valores e unidades produzidas. A planta da Nissan em Resende opera em capacidade parcial, mas a produção anual de veículos pode chegar às 200 mil unidades. De lá já saem os compactos March e Versa.

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Com 4,45 metros de comprimento, 1,77 m de largura, 1,55 m de altura e 2,70 m de distância entre-eixos, oNissan Leaf é equipado com um sistemaelétrico e baterias íons de lítio de 24 kWh. A potência máxima do hatch é de 110 cv e o torque, instantâneo, de28,6 mkgf. Aaceleração de0 a 100 km/h é cumprida em 11,9 segundos, enquanto a velocidade máxima anunciada é de145 km/h. Sua autonomia é de até 170 km e é preciso esperar oito horas para a recarga completa, em uma tomada de 220 volts. Nos Estados Unidos, onde é vendido desde 2010, o preço sugerido é de US$ 29.010, algo em torno de R$ 110 mil.

A Toyota é outra que irá se beneficiar da insenção. A empresa japonesaaguarda que sejam aprovados os benefícios para dar início à produção do Prius (confira galeria abaixo) na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). O modelo, assim como o Leaf da Nissan, seria montado em regime de CKD, vindo em kits do Japão e montado aqui com o índice de nacionalização mínimo.

Entenda a isenção. De autoria do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), o projeto de lei 174 agora vai para avaliação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Pelo mesmo período, a cobrança do imposto sobre equipamentos para recarga das baterias está suspensa.


No texto da lei, está previsto também que partes e acessórios importados, sem similar nacional, para a fabricação dos veículos no País se beneficiem da lei. Em caso de desenvolvimento de peça similar de fabricação nacional, o benefício cai.

Os benefícios são abrangentes e servem para carros de passeio, de transporte de carga e os de uso especial, como caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios e betoneiras.

Parte da CMA, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apresentou uma emmenda para estender os benefícios a veículos que utilizem ao menos 30% de biodiesel misturado ao combustível de composto fóssil.Segundo ela, se houver benesses, haverá mais interesse em desenvolver materiais como os anéis de vedação dos motores, que hoje não podem trabalhar em motores com mais de 20% de Biodiesel.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.