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Nissan não é mais chamada de Nissin, diz executivo
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Nissan não é mais chamada de Nissin, diz executivo

Foi a busca pelo reconhecimento de marca que fez a Nissan falar tanto da concorrência em suas propagandas. O diretor de Marketing da empresa, Murilo Moreno falou ao JC sobre os objetivos e as estratégias usadas nas campanhas publicitárias

24 de out, 2011 · 6 minutos de leitura.

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 Nissan não é mais chamada de Nissin, diz executivo

Diretor de Marketing da empresa, Murilo Moreno (Foto: Nissan/Divulgação)

RAFAELA BORGES

Foi a busca pelo reconhecimento de marca que fez a Nissan falar tanto da concorrência em suas propagandas. “Quando fizemos o primeiro comercial comparando nossos modelos com os dos rivais, há cerca de um ano e meio, apenas 6,9% das pessoas se lembravam da Nissan”, diz o diretor de Marketing da empresa, Murilo Moreno. Ele conversou com o JC sobre os objetivos e as estratégias usadas nas campanhas publicitárias da empresa, cheias de sarcasmo e ataque aos concorrentes.

O que levou a Nissan a colocar a concorrência tão em evidência em suas propagandas?
Há cerca de um ano e meio, tínhamos apenas 6,9% de reconhecimento de marca. Isso significa que, em cada 100 pessoas, apenas sete se lembravam da Nissan quando pensavam em comprar um carro. As quatro grandes tinham cerca de 70% e as japonesas, 30%. E não tínhamos muito dinheiro para investir. Então, resolvemos usar a criatividade e o que o brasileiro mais gosta: o humor.

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Qual mensagem vocês desejavam passar ao consumidor?
No caso da Frontier, quando a comparamos à Amarok e à Hilux, queríamos dizer: “lembrem-se da gente. Também temos um bom produto”.

E deu certo?
Sim. Ao adotarmos a estratégia de ser diretos e bem claros (no ataque aos concorrentes), comparando o Livina aos rivais que eram mais lembrados pelo consumidor (Fiat Idea, Honda Fit e Chevrolet Meriva), a repercussão foi grande. A propaganda estreou na sexta-feira e repercutiu no YouTube. Na segunda-feira seguinte, uma das marcas (Chevrolet) reclamou no Conar e nossas concessionárias estavam lotadas.

Um ano e meio e várias campanhas depois, qual é o reconhecimento de marca que a Nissan tem no Brasil?
Hoje temos 22%, bem próximo ao patamar que desejamos. Para se ter uma ideia, a Hyundai, com todo o seu investimento, tem 26% e a Toyota, 32%. E esse número é do início do ano, antes da campanha dos pôneis malditos (da picape Frontier). Acredito que o número será bem maior no fechamento de 2011. O importante é que antes havia quem confundisse a Nissan com a Nissin e achasse que vendíamos macarrão. Agora todos sabem que vendemos carros.


E quanto à participação da marca no mercado brasileiro?
Saímos de 0,8% em 2010 e chegamos a 2% este ano. Nossas novidades só estão chegando agora: o March neste mês e o Versa no próximo.

Com o March e o Versa, qual é a participação esperada pela Nissan para 2012?
No encerramento do ano eu não sei, mas diria que a média no decorrer de 2012 será de 3%.

Nos pôneis malditos, o filme termina com a expressão “Te quiero”. É uma referência à argentina Toyota Hilux?
Não, não pensamos na Hilux. Foi uma das sugestões que a agência deu. Achamos legal. O engraçado foi que o consumidor associou não apenas à Hilux, mas também à Ranger e à Amarok, que são argentinas. Mas não tínhamos essa intenção, porque agora que chegamos aos 22% vamos falar dos nossos produtos mais do que da concorrência.


Na propaganda do Versa, os concorrentes serão atacados?
Não, porque assim como o March o Versa é um produto novo e precisamos mostrá-lo ao público como um Nissan. Vamos usar humor, sim, mas sem falar dos rivais.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.