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No Brasil, Fiat atuará em segmentos de veículos mais caros
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No Brasil, Fiat atuará em segmentos de veículos mais caros

Em entrevista ao Jornal do Carro, presidente da empresa contou também que alguns modelos serão substituídos em breve

04 de set, 2016 · 7 minutos de leitura.

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 No Brasil, Fiat atuará em segmentos de veículos mais caros
Stefan Ketter, presidente da FCA para a América Latina

A Fiat vai renovar e expandir sua gama de veículos no Brasil nos próximos anos. “Os modelos de sucesso da atual linha serão renovados ou substituídos, mas também passaremos a atuar em outros segmentos”, disse o presidente da Fiat-Chrysler (FCA) para a América Latina, Stefan Ketter.

Após a experiência bem sucedida com a Toro (abaixo), que foi lançada no início do ano e, em agosto, ocupou o segundo lugar entre as picapes mais vendidas do País, a marca ampliará sua atuação para segmentos de maior valor agregado. Embora o executivo não tenha confirmado, existem rumores de que um utilitário-esportivo compacto – a versão Fiat do Jeep Renegade – está nos planos.

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As categorias de carros acessíveis, que garantiram à montadora a liderança de vendas no mercado brasileiro entre 2005 e 2015 – posto perdido para a Chevrolet no acumulado de 2016 -, também receberão atenção. “Prova disso é que o Mobi foi um de nossos principais lançamentos neste ano”, falou Ketter.

O compacto não obteve o sucesso projetado pela montadora, que esperava comercializar, já no início das vendas, 7 mil unidades por mês. “Vocês estão mexendo com as feridas da marca”, brincou Ketter, quando indagado sobre o assunto.


Nós erramos na expectativa, que era imediata”, disse o executivo. “Subestimamos o nível do mercado.”
A marca reviu a projeção para cerca de 4 mil unidades por mês. Em agosto, o Mobi chegou próximo desse objetivo: teve 3.840 emplacamentos.

“Nas próximas semanas, o carro terá novidades, que devem impulsionar as vendas ainda mais”, falou o executivo. Entre elas está o sistema Live On, que permite ao motorista transformar seu smartphone em uma central multimídia.

O que Ketter não confirma, mas já é certo, segundo fontes, é que o Mobi passará a ter motor 1.0 flexível de três-cilindros e 77 cv de potência em breve. Esse propulsor estreia nas próximas semanas, no Uno, e deverá ser mostrado no compacto novato no Salão do Automóvel, em novembro. O Mobi de três cilindros começa a ser vendido entre o fim deste ano e o início do próximo.


Lançamentos. Recentemente a Fiat encerrou a produção no País do monovolume Idea, que não deverá ter substituto, e do Linea. Para suceder o sedã, está em desenvolvimento o projeto X6S, que dará origem a um três-volumes feito em Betim (MG).

Antes, porém, será lançada a versão hatch, cujo projeto é conhecido pelo nome de X6H. A expectativa é que esse modelo, cuja linha de montagem será instalada na Argentina, chegue às concessionárias brasileiras no ano que vem.


Projeto X6H dará origem ao sucessor de Punto e Bravo (Foto: Rafael Placona/Arquivo Pessoal)

Segundo rumores, o objetivo do novo carro é substituir Punto e Bravo. Por isso, a novidade terá porte um pouco maior que o do hatch compacto premium.

Estratégia. De acordo com Ketter, a perda da liderança de vendas para a Chevrolet não incomoda a Fiat, porque agora a estratégia da empresa é voltada à FCA. “Somando as vendas da Jeep, continuamos líderes”, afirma.


O executivo disse também que a atuação da Fiat nos mesmos segmentos em que operam as outras marcas do grupo (Chrysler, Dodge, Jeep e Ram) não está descartada. “O importante é que os modelos, que continuarão sendo vendidos em concessionárias diferentes, não sejam concorrentes.”

Ketter deu a entender que o posicionamento de carros da Chrysler e da Fiat em mesmo segmento é o que vai evitar a disputa caseira. Embora não tenha citado esse exemplo, seria algo como o que já ocorre com o utilitário-esportivo Journey, que é vendido no País com o logotipo da marca norte americana e também com o nome de Freemont e o emblema da italiana.

O Freemont é mais barato, traz acabamento mais simples e motor de quatro cilindros menos potente do que o V6 do Journey. Isso ajuda a evitar a concorrência interna.


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