Rafaela Borges
O produto mais recente tem de ser melhor que os rivais, especialmente nos segmentos em que tecnologia e sofisticação são obrigatórias. A sexta geração do BMW Série 5, que levou sete anos para chegar, tenta seguir essa “lei”. E, ao menos em eletrônica, ela se destaca. Há tantos recursos que ao motorista resta pouco a fazer.
À venda a partir de R$ 288 mil (535i, com motor seis-cilindros de 306 cv), o Série 5 está entre os primeiros BMW com navegador GPS integrado ao painel no País (leia mais na página 4). É também mais potente que os rivais Mercedes Classe E e Audi A6, renovados em 2009. A R$ 269 mil, o E350 tem motor V6 de 272 cv. O A6 só é oferecido aqui com o V6 de 290 cv por R$ 272 mil.
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O BMW avaliado, versão 550i, traz motor V8 biturbo de 407 cv e sai a R$ 395 mil, ante os R$ 378 mil do Mercedes E500, de 388 cv. Aceleramos o sedã em um comboio coordenado pela marca, cuja intenção era mostrar o ACC.
Esse recurso faz com que o carro acelere e freie sem interferência do motorista, conforme a velocidade do veículo à frente. Funciona tão bem que chega a dar vontade de cochilar, já que o condutor só precisa segurar o volante e o silêncio na cabine é absoluto. Há ainda o assistente de estacionamento, que mede a vaga, esterça e faz a baliza quase sozinho. Só é preciso controlar os freios.
É possível desligar os recursos eletrônicos e aproveitar o empolgante desempenho. Os dois turbos dão ao 4.4 V8 ótimos 60,7 mkgf, disponíveis já às 1.750 rpm. Ao pisar forte no pedal do acelerador, com o câmbio automático de oito marchas na posição Sport, o sedã dá um tranco antes de disparar. O motor, que tem injeção direta de gasolina, ronca alto.
Ante a geração anterior, o novo Série 5 cresceu e ganhou ajuste mais firme. Ele traz também recurso que permite mudar os modos de ação do câmbio, dos componentes da suspensão e do volante.