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No Renault Duster 2017, eficiência cobra um alto preço
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Avaliação

No Renault Duster 2017, eficiência cobra um alto preço

Utilitário-esportivo Renault Duster ficou mais econômico, mas seu preço sugerido subiu bastante

05 de out, 2016 · 5 minutos de leitura.

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 No Renault Duster 2017, eficiência cobra um alto preço
Versão Dymanique 2.0 ficou 3,7% mais cara. Preço agora é mais alto que o dos concorrentes

O Duster conquistou seu espaço em um tempo em que o segmento dos utilitários-esportivos ainda era incipiente – seu único rival era o Ford EcoSport. Se o espaço interno e a robustez logo agradaram, o consumo elevado era a pedra no sapato do Renault. Na linha 2017, a marca francesa atacou esse problema de frente, com mudanças que melhoraram a eficiência do jipe em até 11,5%, segundo dados do Inmetro.

As versões com motor 2.0 ganharam direção eletroidráulica, que não rouba potência do propulsor, e pneus mais leves e com menor resistência ao rolamento. Além disso há um sistema no qual o alternador utiliza parte da energia gerada nas desacelerações para ajudar a recarregar a bateria.

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Como resultado, na versão com câmbio manual o consumo passou de 6,4 para 7,3 km com um litro de etanol e de 9 para 10,6 km/l com gasolina. Já em rodovias, as marcas subiram de 7,4 para 7,9 km/l e de 10,8 para 11,4 km/l, respectivamente.

Há outras soluções para gastar menos combustível. É o caso da função EcoMode, acionada por meio de um botão no console central, que limita o torque e a potência do motor e do ar-condicionado e, de acordo com a Renault, gera redução de consumo de até 10%.

Ainda que comprometa parte do ímpeto do 2.0, o sistema é adequado para o trânsito urbano. Além disso, essa solução é desativada automaticamente (por tempo limitado) quando o motorista pisa fundo no acelerador para fazer uma ultrapassagem, por exemplo.


Já a luz espia que avisa sobre o melhor momento para trocar de marcha é irritante. Para segui-la à risca, só mantendo a velocidade de 45 km/h em sexta marcha e nunca deixando a rotação do motor chegar a 2 mil rpm, aproveitando pouco o torque.

Mercado. Um dos principais trunfos do Duster sempre foi a relação custo-benefício. Mas, tabelada a R$ 83.080, a versão Dynamique 2.0 já não tem esse apelo racional e passa a invadir o terreno de rivais bem mais modernos, como o Renegade Sport, que parte de R$ 78.390, e o HR-V LX, a R$ 79.900.

É verdade que esses modelos têm potência menor (130 cv no Jeep e 140 cv no Honda, sendo que o primeiro carece de fôlego). Mas, se o desempenho for determinante, por R$ 2.710 a mais que o preço sugerido para o Duster 2.0, dá para levar um Peugeot 2008 Griffe THP – opção mais potente do segmento, com motor 1.6 turbo de 173 cv.


O Duster Dynamique 1.6, com 110 cv, é mais competitivo. Por R$ 73.260, sai mais em conta que o velho rival Ford EcoSport Freestyle, de 115 cv, tabelado a R$ 77 mil. Mas também perde para o 2008. Com 122 cv e acabamento muito superior, a versão Allure do Peugeot parte de R$ 71.390.

FICHA TÉCNICA

Preço sugerido – R$ 83.030
Motor – 2.0, 4 cilindros, 16V, flexível
Potência – 148 cv a 5.750 rpm*
Torque – 2,9 mkgf a 4.000 rpm*
Câmbio – Manual, seis marchas
Porta-malas – 475 litros


*DADOS COM ETANOL; FONTE: RENAULT

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.