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Nova Silverado tem motorzão V8 e 5,7m
Avaliação

Nova Silverado tem motorzão V8 e 5,7m

Avaliamos, nos EUA, a atual linha da picape Chevrolet que já foi vendida no Brasil

02 de mar, 2014 · 6 minutos de leitura.

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 Nova Silverado tem motorzão V8 e 5,7m
Picape tem aspecto robusto e intimidador, que lembra o do modelo vendido aqui

A partir da crise econômica de 2008, as montadoras vêm tentando disseminar a cultura do motor eficiente e do carro pequeno entre os consumidores norte-americanos. Mas, no Salão de Detroit (base das principais montadoras dos EUA) deste ano, a impressão que ficou foi que elas estão desistindo da empreitada. As estrelas da feira foram carrões que bebem muito combustível, como a nova geração da F-150, carro mais vendido naquele país. Avaliamos a picape Chevrolet Silverado, uma das principais rivais da Ford.

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++ Supercomparativo de picape cabine dupla

A atual linha do utilitário vendido no Brasil de 1997 a 2002 foi lançada nos Estados Unidos no ano passado. De acordo com informações da Chevrolet, por ora não há chances de vendê-lo aqui. Mas nunca se sabe o dia de amanhã – até porque a Ford pretende voltar a fabricar a linha F no País (leia mais abaixo).

A versão avaliada, LTZ Z71, é a de topo da gama e traz um enorme motor V8 a gasolina de nada menos que 5,3 litros. Apesar do tamanho, a potência não impressiona: são 355 cv.


Há propulsores de oito cilindros menores que rendem bem mais. É o caso do 4.0 da Audi, que tem turbo e injeção direta de gasolina e entrega mais de 500 cv. O vê-oitão da GM não traz nenhum desses recursos.

Os números deixam a desejar principalmente ao considerar que a picape tem mais de duas toneladas. Apesar da ótima disposição para acelerar partindo da imobilidade, a Silverado não tem fôlego na hora das retomadas, situação em que se revela um tanto lenta. O câmbio automático, bem ao gosto dos americanos, tem seis velocidades.


O motorista fica em posição bastante elevada, como se estivesse ao volante de um caminhão pequeno. Essa característica, aliada aos enormes retrovisores (interno e externos), privilegia a visibilidade.

Mas fora das largas vias típicas de cidades como Detroit, guiar a Silverado não é fácil, por causa de suas dimensões avantajadas. São 5,7 metros de comprimento. Como comparação, as versões com cabine dupla da picape S10 fabricadas no Brasil são 34 cm mais curtas.


O lado positivo é a amplitude da cabine. Não há aperto para nenhum dos cinco ocupantes, que contam com muito espaço para cabeças, ombros e pernas. O acabamento é um dos destaques do modelo. Os revestimentos são refinados e a tela central com dados exibidos com cores fortes transmite um ar de modernidade ao utilitário.

Tudo é muito grande: volante, console central – com um porta-objetos que mais parece uma pequena geladeira – e até mesmo as alavancas para a abertura das portas.


Série F. A Ford contratou 100 funcionários para a planta de São Bernardo do Campo (SP), a fim de preparar a linha para voltar a fabricar a Série F. A produção desses modelos foi suspensa em 2011 – eram feitas no ABC a F250 e o F-4000. A marca não revelou quais produtos serão nacionais nesta nova fase.

Prós e Contras:

Cabine:


Além de muito espaço, interior tem requinte no acabamento.

Desempenho:

Os 355 cv do V8 são insuficientes para dar agilidade à picape pesadona.


Chevrolet Silverado LTZ Z71

Motor: 5.3, V8, 32V, gasolina

Potência (cv): 355 a 5.600 rpm


Torque (mkgf): 57,6 a 4.100 rpm

Câmbio: Automático, 6 marchas

Comprimento: 5,7 metros


Largura: 2,03 metros

Entre-eixos: 3,38 metros

Peso: 2.071 quilos


Capacidade de carga: 2.162 quilos


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.