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Novo Citroën C3 estreia no dia 16 de setembro e será feito no Brasil
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Novo Citroën C3 estreia no dia 16 de setembro e será feito no Brasil

Projeto global para mercados emergentes, o novo Citroën C3 será produzido no Brasil e na Índia com foco no baixo custo e estilo de mini SUV

Diogo de Oliveira

11 de ago, 2021 · 7 minutos de leitura.

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Citroën C3 surge em réplica no exterior
Citroën C3 surge em réplica no exterior
Crédito:Reprodução/Instagram

A Citroën comunicou que fará uma revelação mundial de um novo modelo para o “segmento B”, de compactos, no dia 16 de setembro, ou seja, daqui a cerca de um mês. Tal como noticiamos algumas vezes no Jornal do Carro, trata-se da nova geração do C3. Porém, desta vez, o hatchback da marca francesa renascerá como um mini SUV para mercados emergentes.

O novo Citroën C3 foi desenvolvido na Índia com foco no baixo custo e expectativa de altos volumes. O compacto nascerá de versão simplificada da plataforma CMP, usada por modelos europeus da marca e pelo novo 208. Assim, deverá ter preços competitivos para brigar pela nova categoria de SUVs pequenos, que, em breve, receberá o Fiat Pulse.

Já flagrado em testes no Brasil, o novo C3 continua mantido em segredo, e não teve sequer um flagra que revelasse suas linhas. Entretanto, em maio, fotos do mini SUV em tamanho de miniatura revelaram o seu design. De acordo com a Autocar India, o inusitado flagra do perfil pine_0101, no Instagram, mostra três miniaturas do C3 com cores diferentes.

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Reprodução/Instagram

Produção começa no fim do ano

Cada vez mais próximo da revelação, o novo C3 será feito no Brasil, tal como na geração anterior, que saiu de linha no início deste ano. O hatch com jeito de SUV sairá da fábrica da PSA em Porto Real (RJ), onde a produção está prevista para ter início em dezembro. Embora seja diferente do C3 original, a marca francesa deve manter o nome.

Por ora, não há detalhes técnicos oficiais, mas espera-se que, na contramão das novidades visuais, o novo C3 traga a mesma mecânica do Peugeot 208. Ou seja, em um primeiro momento, o compacto da Citroën usará o motor 1.6 16V flexível de até 118 cv e 15,47 kgfm, e o câmbio automático de seis marchas. Só depois deverá ter o motor 1.0 GSE turbo, da Stellantis.


Citroën C3 surge em réplica no exterior
Reprodução/Instagram

Guinada da marca francesa

Essa nova geração do C3 para emergentes será o primeiro grande lançamento da Citroën na era Stellantis. Por isso, há enorme expectativa para o modelo, que deverá responder por grandes volumes na Índia e também no Brasil. Lá no país asiático, a marca francesa espera chegar a uma produção de 100 mil unidades já em 2022.

No Brasil, projeções iniciais apontam para um total de pouco mais de 70 mil unidades anuais do mini SUV feitas em Porto Real. Entretanto, este número considera outros mercados da América do Sul, para onde o novo C3 será exportado. De toda forma, estamos falando de um incremento exponencial. A Citroën vendeu 13.476 carros no Brasil em 2020.




Novo design do duplo Chevron

Nas imagens da miniatura, fica clara a identidade visual da dianteira. A grade é formada pelo duplo Chevron da Citroën. Porém, na parte de cima, ela se estende até as laterais do capô, e termina em um filete luminoso de LED, onde estarão as DRLs. Mais embaixo, seguindo o Chevron de inferior do logotipo da Citroën, estão os faróis principais (alto e baixo).

Novo Citroën C3
Citroën/Divulgação

Por fim, os faróis de neblina ficam acoplados à parte inferior do para-choque. Eles ficam envoltos de uma moldura, cuja cor acompanha o tom do teto e dos retrovisores laterais. Essa divisão entre faróis e luzes diurnas está no C3 do velho continente (foto abaixo). Porém, a versão indiana terá acabamento mais simples, além da plataforma barateada.


Estilo lembra o C4 Cactus

Nas laterais, os airbumps, que são justamente os apliques na saia das portas, remetem ao atual C4 Cactus, único modelo da Citroën hoje no Brasil. Inclusive, se olharmos o perfil do veículo, ele lembra bastante o formato do SUV maior, com exceção da traseira abreviada. Para pagar menos impostos na Índia, o novo C3 precisa medir até 4 metros de comprimento.

Novo Citroën C3
Reprodução/Cochespias

Ainda que seja menor, a coluna traseira carrega uma fita na cor preta semelhante à do C4, que carrega o nome “Cactus”. Entre as lanternas e as maçanetas das portas, há um vinco profundo que poderá virar uma moldura em preto para reforçar o seu caráter aventureiro.


Na traseira, o desenho das lanternas é mais modesto que no C3 Aircross europeu. E são menores que as do C4 Cactus. Assim, o visual parece mais limpo do que nos “irmãos” franceses. Da mesma maneira, o para-choque traseiro tem aparência mais simples e carrega apenas uma moldura prateada na base, que simula um protetor.

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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.