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Novo E 63 AMG é fisiculturista de paletó
Avaliação

Novo E 63 AMG é fisiculturista de paletó

Com 5 metros e ótimo acabamento, E 63 AMG tem imensa lista de itens de série e motor de 612 cv que o leva a 300 km/h

03 de jul, 2017 · 4 minutos de leitura.

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E 63 AMG avaliação
E 63 AMG
Crédito:Carro tem tração nas quatro rodas e é muito bom de curvas
E 63 AMG avaliação

Quem olha o AMG E 63 S 4Matic+ pelo lado de fora, pode ter a impressão de que se trata apenas de um sedãzão de luxo acrescido de apêndices para ficar com “aspecto” esportivo. Chamam a atenção as grandes entradas de ar na dianteira e as rodas de 20 polegadas, que exigiram a adoção de arcos maiores.

Mas é ao volante que a versão mais brava do Mercedes Classe E mostra seu lado halterofilista. Sob o capô, o motor 4.0 V8 biturbo (o mesmo do GT R), entrega 612 cv de potência e 85 mkgf de torque. São 27 cv e 15 mkgf a mais que no superesportivo.

Aliado ao câmbio automático de nove marchas com embreagem multidisco, o sedã faz acelerações brutais e tem velocidade máxima de 300 km/h.

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Bom de curvas. Outro destaque do AMG E 63 S 4Matic+ é a nova tração nas quatro rodas, que distribui o torque entre os eixos, conforme a demanda. Nos modelos anteriores o envio de força era notadamente voltado à traseira.

Em conjunto com a suspensão a ar, mantém o carro firme em curvas rápidas e proporciona ótima estabilidade. Há até uma função batizada de drift, ativada por meio do modo Race, que envia todo o torque para as rodas traseiras e permite fazer derrapagens controladas.


Outra função que parece um contrasenso em um carro de cerca de cinco metros de compimento, que pesa quase duas toneladas, é o controle de largada. Ao ser ativado, permite acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,4 segundos – 0,2 segundo mais rápido que o GT R.

 


 

Mesmo com tanta tecnologia a bordo, é preciso habilidade para domar o ímpeto do sedã. Em uma das curvas do circuito, uma leve vacilada culminou em perda de trajetória, fazendo com que as rodas do lado de fora chegassem a tocar a grama.

 


 

Mas dá para rodar com esse Classe E de modo tranquilo. Nesse caso, quatro dos oito cilindros são desligados para economizar combustível.


 

Equipamentos. A lista de itens de série traz mais de uma centena de soluções, como sistemas de condução semiautônoma (atua em curvas e até 210 km/h), de manutenção da distância ante o carro da frente e que evitam que o sedã saia da faixa de rolamento.

O sedã tem tabela a partir de R$ 699.900. Opcionalmente, o cliente pode adicionar outros R$ 350 mil em equipamentos.


 

FICHA TÉCNICA

Preço sugerido – R$ 699.900
Motor – 4.0, V8, 32V, biturbo, gas.
Potência (cv) – 612 a 5.500 rpm
Torque (mkgf) – 85 a 1.750 rpm
Comprimento – 4,99 metros
Largura – 2,07 metros
Velocidade máxima – 300 km/h


FONTE: MERCEDES-BENZ

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.