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Novo hatch da Fiat para 2025: Argo híbrido ou Uno elétrico?
Segredos

Novo hatch da Fiat para 2025: Argo híbrido ou Uno elétrico?

Patentes do novo Panda são reveladas na Itália e antecipam novo hatch compacto da Fiat que será vendido no Brasil

Vagner Aquino, especial para o Estadão

13 de fev, 2024 · 5 minutos de leitura.

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Fiat
Modelo tem linhas inspiradas no conceito Fiat Centoventi
Crédito:Reprodução/AlVolante.it

O saudosismo do brasileiro não admite o fim de um ciclo. É tanto que, vira e mexe, tem gente fantasiando o retorno de algo que já fez sucesso como forma de alimentar a nostalgia. No mundo dos carros, por exemplo, o retorno da dupla Gol e Uno sempre fica em evidência a fim de mexer com o imaginário do público. Mas a Volkswagen, por exemplo, já descartou a hipótese. Entretanto, a Fiat pode, sim, ter um “revival“. Afinal, registros de um novo hatch compacto foram publicados na Itália, e podem resultar em um novo modelo no Brasil. Será, enfim, o novo Uno?



De acordo com o site italiano AlVolante.it, trata-se do novo Fiat Panda (equivalente ao Uno por lá), que chegará ao mercado até 2026. Com base no novo Citroën e-C3 (à venda na Europa), o novato terá componentes compartilhados, como, por exemplo, maçanetas das portas, retrovisores e para-brisa.

As patentes mostram uma dianteira fechada e, tal como no conceito Centoventi, o logotipo da Fiat é formado por cinco barras inclinadas – uma homenagem ao escudo da marca nos anos 1980 e 1990. Além disso, as barras nas bases das portas seguem este padrão.

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Vale lembrar que o primeiro Uno tinha faróis pequenos e lanternas quadradas. Ou seja, é possível ver conexão com o futuro hatch. Mas com novos elementos, como a linha de cintura ascendente que deixa a traseira alta. Sob o capô, o modelo deverá trazer o conjunto elétrico do e-C3. Este desenvolve 113 cv com uma bateria de 44 kWh. Além disso, o novo hatch terá opções híbridas e a gasolina – esta com motor 1.2 turbo de 101 cv da antiga PSA Peugeot Citroën.

Reprodução/AlVolante.it
Traseira tem filete que atravessa a tampa do porta-malas (Reprodução/AlVolante.it)

Nas dimensões, o modelo tem aproximadamente 4 metros de comprimento, e, por dentro, tem saídas de ar que vão de um lado ao outro do painel. Há também um multimídia e porta-objetos espalhados pela cabine. Espera-se que o novo hatch tenha preço inicial abaixo de 25 mil euros (pouco mais de R$ 133 mil na conversão direta e sem taxas).


Estreia em julho

O site italiano apurou que o novo compacto terá produção na Sérvia. E que o lançamento na Europa será em 2024. Mais precisamente, no dia 11 de julho. O hatch também está cotado para chegar à América do Sul. Contudo, isso deve ocorrer um pouco mais adiante e com produção local, em uma das fábricas do grupo Stellantis no País – provavelmente em Betim (MG).

Conforme antecipamos no Jornal do Carro, o modelo deverá ser o primeiro Fiat feito sobre a base modular CMP, de Citroën C3 e Peugeot 208. Por aqui, o lançamento deve ficar para 2025 ou 2026. Além disso, como o nome Panda nunca foi utilizado no Brasil, há quem aposte no retorno do Uno. Mas, como o atual Argo no fim do ciclo, a Fiat pode lançar o novo modelo como a nova geração do compacto. Portanto, resta aguardar.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.