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Novo Hyundai Kona estreia na Europa mais barato que Kona antigo no Brasil
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Novo Hyundai Kona estreia na Europa mais barato que Kona antigo no Brasil

SUV elétrico da Hyundai fica mais potente em todas as versões, e também ganha baterias com maior alcance em relação ao modelo anterior

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

23 de ago, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Kona Electric estreia na Europa mais potente e com maior autonomia
Crédito:Hyundai/Divulgação

O Hyundai Kona elétrico ganhou uma nova geração na Europa, com preço de 41.990 euros, o equivalente a R$ 225.000. Com base no anúncio feito pela montadora, isso significa um aumento de 5.500 euros no preço do SUV elétrico, em relação ao modelo antigo. Contudo, lançado recentemente pela Caoa Hyundai no Brasil, o modelo custa R$ 219.990. 

De acordo com a Hyundai, o modelo utiliza “uma plataforma totalmente nova”, provavelmente derivada do Kia Niro EV, que também cresceu, por exemplo. Seja como for, o modelo atual mede 4,36 metros de comprimento, contra 4,21 m da antiga, ou seja, o novo está 15 cm maior. A largura aumentou em 25 mm, e a altura, em 60 mm. Além disso, o modelo tem um visual mais futurista, ajudado pela faixa de luz na dianteira.



Hyundai Kona elétrico ganhou mais potência e alcance das baterias

Modelo ficou mais potente e com maior autonomia, em comparação ao antigo (Hyundai/Divulgação)

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Assim como no último modelo, as duas versões, todas com tração dianteira, oferecem diferentes números de potência. Agora, no entanto, ficaram mais fortes: a primeira com 115 kW (156 cv), e a segunda com 160 kW (218 cv), em vez de 100 kW (136 cv) e 150 kW (204 cv). Assim, desta forma, a arrancada e a velocidade máxima também melhoraram.

Além disso, as baterias também tiveram sua capacidade aumentada, agora com 48 kWh e 65 kWh, respectivamente. A versão topo de linha, com mais potência e maior bateria, oferece autonomia de 514 km, no ciclo WLTP, enquanto que apenas 377 km, no mesmo padrão, mas com a bateria de 48,4 kWh. Antes, o alcance era de 484 e 305 km, respectivamente.

Mesmo carregando baterias maiores, o tempo de recarga delas diminuiu. No modo DC, o tempo de espera saiu de 47 para 41 minutos, por exemplo. No Kona elétrico, a marca específica agora também as capacidades máximas de carregamento com corrente contínua: são 73 ou 102 kW. Na maior bateria, é possível recuperar até 162 km em 15 minutos.


Baterias tem garantia de oito anos ou 160.000 km

Interior do Kona elétrico é semelhante ao modelo Ioniq 5 (Hyundai/Divulgação)

Na interna, o visual do SUV compacto é semelhante ao modelo Ioniq 5, e oferece duas telas de 12,3 polegadas, lado a lado. Além disso, um head-up display também está disponível, bem como uma “chave digital 2.0”, onde é possível abrir o carro via celular. Também pode-se atualizar o modelo via “over-the-air”, e contar com um sistema de navegação específico para elétricos.

Assim como o Ioniq 5, existe agora também uma função vehicle-to-load (V2L) para o Kona elétrico: por exemplo, dá para carregar dispositivos externos via tomada no interior, e uma e-bike pode ser conectada por meio de um adaptador para compartilhar o carregamento. De série, o modelo oferece sistema de navegação, rádio DAB, Apple CarPlay e Android Auto, ar-condicionado digital, duas portas USB-C (frente e traseira) e rodas de 17 polegadas.


Modelo tem três garantias diferentes para o carro, bateria e mobilidade (Hyundai/Divulgação)

Itens de assistência de condução também estão presentes, como controle de cruzeiro adaptativo, alerta de saída de faixa, reconhecimento de sinais de trânsito, entre outros. Por fim, há também um pacote de eficiência, um pacote Trend (de série na versão mais potente), e um pacote prime. O novo Kona elétrico tem garantia de cinco anos para o carro, oito anos (ou 160.000 km) para a bateria, e garantia de mobilidade também de oito anos. Seu lançamento no mercado será em outubro de 2023.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.