Diego Ortiz

24/02/2021 - 7 minutos de leitura.

Avaliação: novo Mercedes GLA abusa do preço e da eficiência como carro urbano

Nova geração do SUV compacto Mercedes-Benz GLA chega ao Brasil em versão única importada da Alemanha, a AMG Line, por R$ 325.900

Novo Mercedes-Benz GLA Crédito: Mercedes/Divulgação

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A nova geração do Mercedes-Benz GLA, o SUV de entrada da marca, chegou ao Brasil e ela foge totalmente da lógica dos carros de base. Nesse sentido, eles têm por princípio, geralmente, a relação custo/benefício, que é justamente o ponto fraco deste modelo. Disponível a partir de março apenas na versão AMG Line, o GLA custa R$ 325.900. Ou seja, um aumento de 57% em relação ao anterior.

Além disso, há o agravante de o modelo não ser mais feito na fábrica da Mercedes em Iracemápolis, no interior de São Paulo, que foi desativada. Portanto, o SUV passou a vir da Alemanha e sofre com o dólar nas alturas. No entanto, mesmo com isso é difícil justificar o aumento. Então porque raios alguém compraria o novo GLA? A resposta vem logo depois que se aperta o botão de ignição: porque o carro é um SUV urbano praticamente perfeito para quem não precisa de muito espaço a bordo ou tem muitos filhos.

A começar por dentro. O acabamento do modelo é impecável, moderno e impressiona logo no primeiro contato. As duas telas de 10 polegadas unidas são muito bonitas e fáceis de usar e customizar. Incluindo o sistema multimídia com espelhamento de celular e o Mbux, de comando por voz e inteligência artificial, que aceita palavras até de uso coloquial e está muito bem calibrado.

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Acabamento é muito bem feito

Os detalhes dos comandos e das saídas de ar-condicionado e dos botões de comandos no volante metálicos dão um belo contraste com o preto brilhante, couro e algumas peças de fibra de carbono do resto do habitáculo. Não deixa de ter, portanto, a elegância tradicional da Mercedes, mas de uma forma muito mais jovial, que é o público do carro. Os bancos são ótimos, tanto de conforto quanto no acolhimento do motorista, e a ergonomia segue o mesmo caminho.


Fora isso ele é super bem equipado e tem carregador de celular por indução, câmera de ré com assistente de estacionamento, faróis todos de LED, teto solar panorâmico e itens de segurança como assistentes de ponto cego, de manutenção de faixa e de distância, de direção e de desembarque.

O novo GLA é o primeiro modelo da nova AMG Line no País. Que não tem mudanças mecânicas, porém possui alguns itens da preparadora da Mercedes, como soleira, pedaleiras esportivas, partes de acabamento, bancos com mais apoio lateral, volante com a base achatada, grade frontal cromada, para-choque exclusivo e rodas de 20 polegadas com pneus 235/45.


O modelo está um pouco maior. Ele tem 4,41 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1.61 m de altura e 2,73 m de distância entre os eixos entre-eixos. O antigo, por sua vez, tinha o mesmo comprimento, mas 1,80 m de largura, 1,49 m de altura e 2,69 m de entre-eixos. O porta-malas também cresceu e foi de 421 litros para 435 litros.

1.3 Turbo do GLA surpreende

Na parte de desempenho, o SUV de entrada da Mercedes também vai muito bem. O 1.3 turbinado do modelo, o mesmo dos Classe A e GLB, não impressiona tanto na ficha técnica. Tem 163 cv a 5.500 rpm e 25,5 mkgf de torque, números nada superlativos para um utilitário que pesa 1.485 kg.


Só que este torque já está todo disponível a 1.620 rpm e segue deixando o motor cheio a até 4 mil rpm, o que garante “tiros curtos” muito eficientes para o trânsito urbano. O câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem garante o resto da mágica. Não há nenhuma situação em que o GLA mostre falta de fôlego ou inércia mesmo com um motor pequeno. Prova disso é o 0 a 100 km/h cumprido em 8,7 segundos e a velocidade máxima de 210 km/h. E o melhor, com um consumo excelente de 10,7 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada.

A nova suspensão também faz um trabalho muito bom ao aliar boa dirigibilidade com conforto em pisos ruins. Ela é do tipo MacPherson na frente e multilink na traseira com vários componentes de alumínio para reduzir o peso. Isso faz com que o balanço e a transferência de peso na traseira fiquem mais ajustados e deixem a estabilidade do carro melhor em curvas e arrancadas.


E quando vem um buraco, ela absorve bem os impactos por ter um retorno de mola e conjunto suspensivo mais leve. Não há efeito chicote e nem batida seca no uso convencional. O que deixa a condução mais segura e divertida.

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