Um dos maiores ícones do segmento de esportivos está de cara nova. Estamos falando do Ford Mustang, que teve a sua sétima geração apresentada no Salão do Automóvel de Detroit (Estados Unidos). Agora, além de visual mais moderno e de novas tecnologias, o modelo 2024 tem ainda a versão topo de linha Dark Horse, com motor 5.0 V8 a gasolina de 500 cv de potência. Por ora, a Ford prefere não falar sobre dados de performance.
Com base nessa introdução é possível notar que a eletrificação – como pedem os puristas – ficou de lado no Mustang geração 7. Mas, antes de abordar esse tema, vale destacar o design do pony car. Os mais desatentos podem não notar muita diferença em relação ao modelo anterior. A cara agressiva continua, bem como a traseira curta e o longo capô dianteiro, que ganhou novas entradas. Entretanto, os faróis – agora iluminados com LEDs – estão mais finos. E os dois detalhes nas extremidades da grade abandonaram o formato redondo do modelo atual.
No mais, as rodas de alumínio (19″ ou 20″, como opcionais) mudaram. Estas, por sua vez, cobrem os freios da italiana Brembo, que têm três opções de cores para as pinças internas: preta, vermelha ou azul. Por falar em cores, a paleta do novo Ford Mustang é composta por 12 tons. As listras decorativas têm novas tonalidades e desenhos.
Mecânica é mistério
Atrás, as lanternas estão mais estreitas, mas continuam com as três barras verticais de cada lado – com inspiração no modelo dos anos 1960. A princípio, as novidades chegam também para os modelos com motor 2.3 EcoBoost de quatro cilindros e 310 cv, assim como para o conversível. Mas, mesmo sem as especificações, a marca afirma que o Mustang tem a opção de câmbio manual de 6 marchas e automático de 10 velocidades. A tração é sempre traseira.
Ademais, o “muscle car” oferece seis modos de condução. São eles: Normal, Sport, Slippery (escorregadio), Drag (arrancada), Track (pista) e Individual. Neste último, o ajuste fica a cargo do motorista. Todos eles mudam as respostas da direção, do motor, da transmissão e do controle eletrônico de estabilidade.
Sem mencionar qualquer dado extra sobre performance do novo Mustang, a Ford limita-se a dizer que o esportivo “entrega uma experiência de direção ainda mais empolgante com o motor Coyote V8 de quarta geração, que é o mais potente já oferecido no modelo”.
Por dentro
Se as mudanças não foram profundas por fora, da porta para dentro o Mustang é outro modelo. A começar pelo enorme nicho no topo do painel, que une o display Full HD de 12,4″ do quadro de instrumentos e a multimídia de 13,2″. Ambas podem ser personalizadas.
Agora, a central Sync4 tem espelhamento sem fio com Apple Carplay e Android Auto. Além disso, tem a assistente virtual Alexa, da Amazon, para comandos de voz. Botões físicos, como o do volume do áudio e do ar-condicionado, foram removidos e integrados ao painel digital. Dessa forma, deixa a cabine – que tem materiais macios ao toque – com visual mais limpo.
Outros detalhes para destacar são o volante de base reta revestido com couro, carregador sem fio para smartphones e entradas USB para câmeras e outros dispositivos. O sistema de som premium da Bang & Olufsen tem 12 alto-falantes e subwoofer.
Outra novidade é o Remote Rev, que permite acelerar o carro pela chave, liberando o ronco do motor. A lista de opcionais tem ainda suspensão ativa MagneRide, bancos da Recaro e freios de 390 milímetros na dianteira e de 355 milímetros na traseira com dutos de resfriamento que ajudam a fazer o “drift”. Assim, o Performance Electronic Parking Brake faz com que o freio eletrônico libere a capacidade de derrapagem traseira do Mustang.
A chegada do novo Mustang aos Estados Unidos acontece a partir de meados de 2023. Os preços, todavia, não foram informados. Por ora, o Brasil sequer está cogitado para receber a nova geração. Talvez, em 2024. Atualmente, o público daqui deve se contentar com a versão Mach 1 (vídeo), que tem motor V8 a gasolina de 483 cv e custa R$ 544.520.
Dark Horse
Por fim, a sétima geração do Mustang traz a opção Dark Horse ao portfólio. O exclusivo motor Coyote V8 tem novas bielas e corpo duplo de borboleta de admissão. Isso, a princípio, proporciona melhora na “respiração” do motor.
O esportivo também tem ajuste de chassi, amortecedores MagneRide e sistemas de resfriamento dos freios, do eixo traseiro e do óleo do motor. Da mesma forma, tem molas mais rígidas, barras estabilizadoras maiores e, futuramente, vai oferecer rodas de fibra de carbono – que, até hoje, são exclusivas das versões Shelby GT350 e GT500.
Como novos detalhes visuais, como os LEDs pontilhados, o Mustang Dark Horse tem faróis escurecidos, grade preta brilhante e para-choques mais aerodinâmico. Atrás, tem aerofólio fixo, com difusor, e ponteiras quádruplas de escape. Outro detalhe é o clássico emblema do cavalo galopante, que substituí o logotipo da Ford na grade e no volante.
O exemplar das fotos vem com pintura metálica Blue Ember. Por dentro, bancos na cor azul Deep Indigo Blue com acabamento perfurado e costuras azuis contrastantes, em partes como volante e console. Os cintos de segurança também têm o tom azul.