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Nova bateria de carros elétricos tem 1.000 km de autonomia e recarga ultrarrápida
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Nova bateria de carros elétricos tem 1.000 km de autonomia e recarga ultrarrápida

Feita na China, nova bateria, que promete recarga de 80% em até 10 minutos e estreia em modelo de marca da Geely, já estaria na mira de montadoras como BMW, Tesla e VW

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

08 de set, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Baterias
Brasileiros dão menos importância à sustentabilidade que demais países
Crédito:Zeekr/Divulgação

A CATL, fabricante chinesa de baterias, lançou uma nova bateria que promete autonomia de até 1.000 km para carros elétricos. Já na sua terceira geração, o componente se chama Qilin, em referência à criatura da mitologia chinesa que simboliza bons presságios. De acordo com a empresa, a recarga de 80% da bateria poderá ser feita em apenas 10 minutos. Segundo a CATL, que fornece para marcas como Volkswagen e Tesla, há várias montadoras interessadas na novidade.

Um dos destaques da Qilin é sua densidade energética, que chega a 255 Wh/kg. Para comparação, nos sistemas atuais a densidade chega perto dos 200 Wh/kg. Ou seja, quanto maior for a densidade, maior será a autonomia disponível. No entanto, o resultado pode variar dependendo do tipo de veículo e do estilo de condução do motorista.

Bateria CATL
Bateria já está na terceira geração – Divulgação/CATL

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Além disso, a Qilin promete redução no tempo de recarga de veículos elétricos. Assim, para repor a bateria de 10% a 80%, bastam 10 minutos plugada. Esse aumento na velocidade, inclusive, é possível graças ao novo sistema de resfriamento de células. De acordo com a CATL, a área de troca de calor é até quatro vezes mais potente na comparação com produtos atuais.

Foto: CATL

Chinesas estão de olho

Após o anúncio, a CATL confirmou que a nova bateria deve equipar os primeiros veículos a partir de 2023. De acordo com a imprensa internacional, além da VW e da Tesla, a empresa também fechou parceria com a BMW. Assim, o fornecimento de células cilíndricas de íons-lítio para a marca alemã deve começar por volta de 2025.


Porém, a primeira marca de veículos a utilizar as novas baterias será a Zeekr, divisão de carros elétricos da Geely, empresa chinesa que é dona da Volvo. Inicialmente, o sistema será instalado no modelo 009, que deve chegar às lojas no primeiro trimestre de 2023. Depois, a Qilin equipará o Zeekr 001, cuja estreia está programada para o segundo trimestre do ano que vem.

Divulgação/Zeekr

Além da Zeekr, a CATL firmou acordo estratégico de cinco anos com a Seres, fabricante chinesa de carros elétricos que já tem site no Brasil. Segundo informações preliminares, a empresa pretende utilizar a ‘Qilin’ em sua divisão de veículos premium, a Aito. Esta, por sua vez, tem parceria com a Huawei, conhecida no País sobretudo por causa de seus smartphones.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.