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Picapes voltam com tudo após fracassos
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Picapes voltam com tudo após fracassos

Com altos e baixos, mercado deve ficar aquecido nos próximos anos com estreias de Fiat, Renault e Hyundai

26 de mar, 2015 · 7 minutos de leitura.

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 Picapes voltam com tudo após fracassos

Se aventurar por novos segmentos é sempre uma surpresa, especialmente quando se trata de picapes. Montadoras sem experiência nesse mercado viveram histórias diferentes com seus modelos nos últimos anos.

A Volkswagen, por exemplo, passou 57 dos seus 62 anos de Brasil sem ter uma picape média na linha, até lançar a Amarok, em 2010. Enquanto isso, rivais como Chevrolet S10, Toyota Hilux e Ford Ranger dominavam o segmento.

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Por ter uma linha menos extensa, com apenas um motor, o 2.0 a diesel, e ser mais cara que as concorrentes, a Amarok não chegou a ameaçar o reinado das veteranas, mas teve quase 18 mil unidades emplacadas no ano passado, um número razoável para um modelo relativamente novo.

Já a Peugeot quebrou a cara na tentativa de ter uma picape compacta em sua linha, que prometia mudar a imagem da marca no Brasil. Também em 2010, foi lançada a Hoggar, mas o modelo nunca decolou – a fabricante esperava vender 1.200 unidades mensais na época do lançamento, mas até a “velhinha” Ford Courier, cuja última atualização havia sido em 1997 e que parou de ser produzida em abril de 2013, chegou registrar o triplo de vendas da francesa.

A fabricação da Hoggar foi suspensa em meados de 2012, apesar de a Peugeot só tirá-la “oficialmente” de linha no ano passado. Em 2014 as derradeiras 354 unidades ainda em estoque foram comercializadas, segundo dados da Fenabrave, associação que reúne as concessionárias.


Até o final deste ano, Fiat e Renault prometem lançar suas picapes intermediárias no mercado, criando uma nova categoria – não são compactas como Volkswagen Saveiro ou Fiat Strada, mas não chegam ao porte de uma Chevrolet S10 ou uma Toyota Hilux.

A utilitária da montadora italiana usará a plataforma do Jeep Renegade, que chegará às lojas no próximo dia 10. O visual, no entanto, será herdado do conceito FCC4, mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo no ano passado.

O modelo será feito na nova fábrica da Fiat na cidade de Goiana (Pernambuco) – a mesma que produz o Renegade. Segundo uma fonte da marca, o veículo terá opção de tração dianteira ou 4X4 e os motores serão um 2.0 turbodiesel e um 2.4 flexível da linha Tigershark da Chrysler, com elementos do MultiAr 2 da Fiat, que rende 185 cv e equipa o Renegade nos EUA.


Durante o evento paulistano a Renault também revelou o conceito Oroch, que dará origem à picape que será baseada no jipinho Duster. A produção das versões conhecidas como pré-serie, usadas em testes de dirigibilidade e resistência, já começaram na fábrica da marca em São José dos Pinhais (Paraná). O modelo deve chegar às concessionárias entre setembro e outubro.

A plataforma é a mesma usada em modelos como Duster, Sandero e Logan. O estilo, tanto interno como externo, seguirá as linhas adotadas na reestilização do utilitário no mercado europeu, versão que chega em maio ao País. Os motores também serão os mesmo do Duster: 1.6 flexível de até 115 cv e 2.0 flexível de até 142 cv.

A última a adentrar o segmento de utilitárias será a Hyundai, que em janeiro deste ano apresentou o conceito Santa Cruz no Salão de Detroit. O modelo teve ótima aceitação do público, por isso a coreana estuda criar uma versão de produção da picape, que seria a sua primeira da história.


De acordo com o diretor de pesquisa e desenvolvimento da empresa, Park Byung-Cheol, ainda faltam algum tempo para que a Santa Cruz chegue ao mercado, mas a empresa aposta suas fichas no sucesso do veículo, que mistura linhas de picapes e crossovers.

O protótipo trazia motor 2.0 turbodiesel capaz de desenvolver 190 cv de potência e torque de 41,4 mkgf, além de tração integral. Ainda é cedo, porém, para saber se a Santa Cruz terá o mesmo conjunto mecânico.


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