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PL quer tornar alerta de ponto cego obrigatório nos carros nacionais
Legislação

PL quer tornar alerta de ponto cego obrigatório nos carros nacionais

PL deseja inserir a exigência de alerta de ponto cego no Código Brasileiro de Trânsito; pesquisa aponta que sistema reduz 14% dos acidentes

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

10 de mai, 2022 · 4 minutos de leitura.

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alerta de ponto cego
Alerta de ponto cego detecta veículos que não estejam no campo de visão do motorista
Crédito:Reprodução

O alerta de ponto cego surgiu há 15 anos e se tornou um item de segurança elementar nos carros mais modernos. Por meio de sensores localizados nas laterais, o sistema alerta sobre a existência de outros veículos nas proximidades. Agora, o Projeto de Lei (PL) 673/2022, de autoria da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), propõe tornar o dispositivo obrigatório nos carros nacionais. Assim, a proposta é inserir a exigência no Código Brasileiro de Trânsito (CTB).

Para isso, foi utilizada uma pesquisa do IIHS, órgão que regula a segurança viária nos Estados Unidos. Nela, dados afirmam que os sensores de colisão laterais reduzem em até 14% o número de acidentes de mudança de faixa. Além disso, de acordo com a senadora, a adoção do equipamento não terá grande impacto no preço dos automóveis. Isso porque a instalação dos sensores, em alguns modelos, tem um custo inferior a R$ 400.

ponto cego

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Como funciona?

Na prática, o sistema de colisão usa de sensores e câmeras posicionados nos retrovisores, que detectam carros e motos que estão nas áreas não visíveis do espelho – o chamado ponto cego. Dessa forma, caso algum veículo esteja próximo, o sensor emite um alerta de luz no próprio retrovisor, no painel ou na parte interna da coluna A.

Embora já esteja presente em diversos modelos, o dispositivo faz parte apenas de versões mais caras. Em carros com sistemas mais avançados de auxílio ao condutor, eles funcionam em conjunto com outras tecnologias de segurança. Como é o caso, por exemplo, do sistema de permanência em faixa e da frenagem automática de emergência.



Processo de análise

Agora, para a próxima etapa, cabe ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) definir o cronograma, bem como criar as normas para a utilização do sistema. De início, o PL irá para análise das comissões temáticas. Caso aprovado, seguirá para apreciação na Câmara dos Deputados. Vale lembrar, no entanto, que a legislação brasileira ainda sequer exige a instalação de Programa Eletrônico de Estabilidade (ESP). O item teve sua obrigatoriedade adiada para 2024. Ou seja, caso o PL do alerta de ponto cego se torne lei, é possível que ainda demore um tempo até acontecer na prática.


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