Conforme o número de carros elétricos aumenta ao redor do mundo, a necessidade por pacotes de baterias elétricas também. As empresas que tradicionalmente trabalham com isso já fornecerem para outros tipos de produtos, como os smartphones. E agora têm que atender uma demanda maior e em maior quantidade para os carros elétricos e híbridos.
Mas a pergunta que fica é: será que a produção de baterias para carros elétricos é, atualmente, suficiente? A resposta vai além do número ou de quantidade. Hoje, os chineses e japoneses estão à frente dos sul-coreanos na briga por fornecimento de baterias.
Em 2019 e 2020, Mercedes-Benz e Jaguar tiveram problemas com a produção de seus elétricos, I-Pace e EQC. Isso porque a fornecedora de baterias de ambos, a sul-coreana, LG Chem, não conseguiu atender os critérios de qualidade estabelecidos.
Em 2018, a GM já teve problemas com baterias de qualidade ruim produzidas na China. O crescimento do seu mercado de carros elétricos no gigante asiático foi menor do que o esperado por isso.
Ainda que a China seja a maior produtora de baterias; a frente do Japão – que basicamente é resultado da Panasonic – a qualidade dos componentes produzidos por lá, em geral, ainda não atende os requisitos da maioria das montadoras ocidentais.
No primeiro semestre de 2018, a capacidade global de baterias em GigaWatts/hora (GWh) era de 24,5 GWh e saltou para 46,3 GWh no mesmo período de 2019, segundo a consultoria Adamas. Isso representou um crescimento de 89%.
Chineses prometem aumento na capacidade até 2025
Para os próximos cinco anos, ou seja, até 2025, os dez maiores produtores de baterias da China pretendem produzir, cada, ao menos 50 GWh de capacidade. Mas além do aumento de capacidade, eles precisam melhorar a qualidade, que é o que está gerando o gargalo para o crescimento.
Ao menos 50 GWh é o que a Tesla também prometia já para este ano, mas a empresa finalizou 2019 com 35 GWh. Hoje a empresa trabalha com a Panasonic, que basicamente, fornece para a empresa americana produzindo na Gigafactory, em Nevada.
A Panasonic também fechou um novo contrato com a Toyota. A ideia é desenvolver baterias mais eficientes para os próximos anos, mas não ter exclusividade sobre o uso das baterias, mas sim permitir que elas sejam utilizadas e vendidas por outras empresas.
A Toyota que é uma das líderes no mercado de carros híbridos, ainda engatinha no segmento de carros elétricos, mas quer acelerar o passo e se equiparar a Volkswagen com cerca de 20 modelos elétricos nos próximos dez anos.
Hoje, o panteão com os cinco maiores fornecedores de baterias do mundo é formado por: Panasonic (Japão), CATL (China), BYD (China), LG Chem (Coreia do Sul) e Samsung SDI (Coreia do Sul).