O esperado acordo entre a Red Bull e a Volkswagen na Fórmula 1 “parece ter subido na fumaça”. Foi esta a frase mais marcante da resposta do chefe da equipe austríaca tetracampeã, Christian Horner, quando indagado sobre a continuidade dos negócios para a aquisição do time pela montadora alemã, de acordo com o site Motorsport.com.
Questionado sobre o assunto durante o Grande Prêmio do Japão, neste domingo, Horner usou ironia para comentar o carro. Ele respondeu às indagações sobre o acordo com um termo que, em tradução livre, significa “subiu no telhado”. No entanto, em vez da palavra telhado, usou “fumaça”, em referência ao escândalo sobre a fraude aos testes de emissões de poluentes na Europa e nos Estados Unidos.
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No dia 18 de setembro, veio à tona o fato de que a Volkswagen instalou um software em motores a diesel de seus veículos para que eles pudessem passar nas avaliações feitas por órgãos governamentais dos EUA para medir o nível de emissões de gases nocivos. A montadora assumiu a fraude e, posteriormente, informou que ela foi cometida também na Europa.
As estimativas são de que, por causa da multa de pelo menos US$ 18 milhões (cerca de R$ 72 milhões) que a Volkswagen terá de pagar pela fraude – além de gastos para regularizar os carros -, os planos da empresa de ingressar na Fórmula 1 podem ser descartados.
Há algumas semanas, vem circulando no mundo da Fórmula 1 o rumor de que a Volkswagen estaria em fase final de negociação para adquirir a Red Bull. A ideia seria produzir motores próprios, que equipariam os carros da equipe a partir de 2018. Até então, o time compraria propulsores da Ferrari.
A Red Bull se manteria na Fórmula 1 como patrocinadora principal do time da Volkswagen. A marca do grupo alemão a dar seu nome à equipe seria a Audi. Todos esses rumores não haviam sido negados por nenhuma das empresas.
No entanto, durante o fim de semana de corrida no Japão, dirigentes da Red Bull afirmaram que estão chegando a um acordo com a Renault. A atual fornecedora de motores não estava atendendo às expectativas da equipe, que romperia o contrato antes da hora e usaria outros propulsores já a partir do ano que vem.
Chegada não descartada. Apesar da ironia usada por Horner, o acordo entre Red Bull e Volkswagen ainda está em negociação. De acordo com fontes, o ingresso da empresa alemão na Fórmula 1 ainda pode ocorrer.
Ao site, Horner disse ainda que, atualmente, sem motor Ferrari ou Mercedes, uma equipe não é competitiva. “E se nós não podemos ser competitivos, não há nenhuma lógica em continuar na Fórmula 1.”
No Grande Prêmio do Japão, a equipe foi mal, não marcando pontos. Danill Kvyatt, após ter seu carro reconstruído por causa de um acidente nos treinos classificatórios de sábado, largou dos boxes e terminou em 13º, com problemas no freio.
Já Daniel Ricciardo, que teve o pneu furado após uma colisão com Felipe Massa na largada, ficou com o 15° lugar. A Red Bull é quarta colocada no campeonato de construtores, atrás de Mercedes, Ferrari e Williams, respectivamente.
