O cancelamento está em moda ultimamente, especialmente na internet, mas parece que não só na rede. A Renault cancelou de vez a Alaskan no Brasil. A picape média, que está em pré-produção na fábrica da Nissan, na Argentina, não fará companhia à “irmã” Nissan Frontier no Brasil.
As idas e vindas da picape no continente sul-americano estão na corda bamba desde 2018, quando foi apresentada timidamente no Salão do Automóvel de São Paulo. Em 2019, o projeto foi suspenso para o continente quando a também parceira, Mercedes-Benz, cancelou a produção da Classe X por aqui (e também na Europa).
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Na Argentina, ela foi confirmada dois meses atrás. Isso ocorreu quando o CEO da Renault Argentina, Pablo Sibilla, em uma vídeo conferência com veículos portenhos, fez o anúncio. A projeção, mesmo com o país vizinho em crise econômica, é atingir a produção de 40 mil unidades das picapes Frontier e Alaskan, juntas, na fábrica de Córdoba.
Ainda é incerto o que motivou de vez o cancelamento da venda da picape no Brasil, mas encarar um mercado muito disputado para, possivelmente, ter vendas baixas deve ter sido o motivo. Em 2019, a líder Hilux vendeu quase 40.500 unidades, enquanto a “irmã” da Alaskan, a Frontier, emplacou só 8.089 unidades. A segunda e terceiras colocadas, S10 e Ranger, fizeram cerca de 32 mil e 22 mil unidades, respectivamente.
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Inscreva-seMecânica de Nissan Frontier
A Renault Alaskan terá a mesma mecânica da Frontier. Tal qual a irmã da marca japonesa, será oferecida unicamente com cabine dupla. Os motores disponíveis serão o quatro cilindros de 2,3 litros, diesel, nas versões biturbo ou turbo. O primeiro, para as versões de topo, entrega 190 cv a 3.750 rpm e 45,9 a 1.500 rpm. O segundo, para as opções de trabalho, rende 160 cv a 3.750 rpm e 41 mkgf a 1.500 rpm. O câmbio será o manual de seis marchas ou automático de sete. A tração é sempre traseira ou 4×4.