A Renault apresentou os dados de fechamento do primeiro semestre e o resultado não é bom. A empresa francesa teve perda de US$ 8,5 bilhões, cerca de 44 bilhões na cotação atual em conversão direta. Do total, a parceira de aliança, Nissan, foi a responsável por US$ 5,7 bilhões (cerca de R$ 30 bilhões).
No montante, US$ 5 bilhões (R$ 25 bilhões) são prejuízos e custos de reestruturação. Com a anúncio do balanço, as ações da Renault tiveram um mergulho de 8,8% no valor. No acumulado do ano, o valor das ações caíram 47%.
A Renault apresentou perdas operacionais de US$ 2,3 bilhões (R$ 11 bilhões), além de um consumo de caixa de US$ 7,6 bilhões de dólares (R$ 39 bi). Isso levou a empresa a aceitar ajuda financeira do governo francês, que emprestou dinheiro à companhia – cerca de US$ 5,9 bilhões.
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“A situação é sem precedentes, mas não é final”, disse o CEO da Renault, Luca de Meo em uma declaração. “Nos estamos totalmente dedicados a corrigir a situação por meio da disciplina que vai além de reduzir nossos custos. Preparando para o futuro, também significa construir uma estratégia de desenvolvimento e nós estamos trabalhando nisso ativamente”, completou.
Vale lembrar que a Renault anunciou o corte de cerca de 14.500 empregos ao redor do mundo, além de reduzir a capacidade de produção em 5%. Com isso a empresa espera reduzir custos em US$ 2,3 bilhões (R$ 12 bilhões) dos quais US$ 700 mi serão em economias feitas este ano.
O foco da companhia agora está no valor dos produtos e não no volume, estratégia semelhante a que adotou a FCA Fiat Chrysler no Brasil e também em outros mercados ao reduzir produtos e marcas, mas se tornando mais rentável com produtos de maior valor agregado.