Diogo de Oliveira, Especial para o Estado

02/03/2021 - 7 minutos de leitura.

Renault vai investir R$ 1,1 bilhão para renovar carros nacionais e lançar motor turbo até meados de 2022

Com investimento de curto prazo, Renault vai renovar modelos atuais, lançar novo motor turbo, além de dois carros elétricos até 2022

O SUV compacto Renault Captur receberá um facelift em breve com inspiração no Kaptur com "K", que é seu equivalente russo Crédito: Renault/Divulgação

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Poucos dias após o CEO global da Renault, Luca de Meo, falar em mudança de planos no Brasil, a montadora francesa anuncia o investimento de R$ 1,1 bilhão na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná. O aporte será utilizado para o lançamento de cinco novidades até o primeiro semestre de 2022, incluindo a renovação de modelos atuais, além de dois carros elétricos.

Um desses lançamentos o Jornal do Carro já antecipou recentemente. Trata-se do SUV Captur reestilizado. O utilitário ganhará um leve retoque no desenho que vai deixá-lo diferente do Captur europeu, e com a cabine mais chique. Além disso, o modelo será o responsável por estrear o novo motor 1.3 TCe turbo, feito em parceria com a Mercedes-Benz.

Este motor também é parte do investimento que será feito na fábrica paranaense. Com potência máxima de 163 cv e um torque de 25,5 mkgf, o inédito 1.3 turbo é praticamente o mesmo motor que equipa o novo Mercedes-Benz Classe A sedã. Exceto pelo fato de que será flexível. Com ele, virá também um novo câmbio CVT com simulação de oito marchas.

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Renault/Divulgação

Novos Logan e Sandero de volta ao jogo

Com o anúncio de investimento, a Renault tenta apagar alguns pontos de interrogação da operação brasileira. Há poucos dias, o novo CEO da marca francesa, Luca de Meo, afirmou em entrevista na Europa que a empresa errou na estratégia para o Brasil. Em síntese, o executivo disse que a Renault vai apostar em carros mais caros no país.

Dessa maneira, De Meo sugeriu que a montadora poderia deixar de lado projetos considerados certos, como as novas gerações da dupla Logan e Sandero. Até mesmo abandonar o pequeno Kwid, enquanto outros projetos ganham relevância, entre eles a nova geração da picape Duster Oroch, bem como o recém-revelado SUV Bigster.


Renault/Divulgação

Diferente de ciclos anteriores, em que tinha como meta aumentar a participação de mercado, a Renault não está mais interessada em só ganhar volume. Sob o comando de Luca de Meo, a francesa vai buscar segmentos mais lucrativos, com veículos de maior valor agregado. E, nesse sentido, a adoção da plataforma modular CMF-B parece inevitável.

Pois os novos Logan e Sandero, nas versões da Dacia, são feitos justamente sobre a base modular. Portanto, a dupla de compactos tende a seguir em linha com o novo investimento, podendo estrear no primeiro semestre de 2022. Até lá, a Renault vai reestilizar o Kwid, que adotará, então, mesmo desenho do equivalente indiano, renovado em 2020.



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Renault/Divulgação

Novo Zoe a caminho

O investimento de mais de R$ 1 bilhão da Renault, portanto, prevê o lançamento do novo motor 1.3 TCe turbo, além das renovações de Captur, Kwid, Logan e Sandero. Assim, restam apenas os carros elétricos. Um deles já sabemos qual é: o novo Zoe. O modelo trocou recentemente de geração na Europa, e vai desembarcar aqui renovado até o início de 2022.

Resta saber qual será o segundo carro elétrico que a marca francesa vai lançar no Brasil. Por causa do preço acessível, o candidato mais forte é o City K-ZE, a versão elétrica da Kwid. O carrinho movido por baterias foi lançado em 2020 na China, e deve ganhar a Europa e outros mercados. Por aqui, seria um dos modelos elétricos mais baratos do mercado.


Dacia/Divulgação

Bigster e nova Oroch confirmados

No comunicado, a Renault, portanto, reforça a importância do Brasil para a marca. “O mercado brasileiro continua sendo estratégico para o Grupo Renault”, diz a nota oficial. Entretanto, a aprovação de um novo ciclo de investimentos para futuros projetos “dependerá da melhoria da competitividade”, salienta Luiz Fernando Pedrucci, chefe da montadora na América Latina.

“Fatores como a complexidade e alta carga tributária, os altos custos logísticos e de fabricação comprometem a competitividade para fabricar no país”, diz Pedrucci. Contudo, mesmo com o cenário turvo, a francesa já tem ao menos dois outros lançamentos confirmados para os próximos anos. Um é o SUV Bigster, que será um Duster maior. O outro é a nova geração da picape Oroch, que, desta vez, virá mais forte contra a Fiat Toro.


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