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Saiba por que o som da F1 não empolga mais
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Saiba por que o som da F1 não empolga mais

Entenda quais as diferenças que fazem os motores V6 turbo soarem tão diferente dos antigos V8

02 de abr, 2014 · 5 minutos de leitura.

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 Saiba por que o som da F1 não empolga mais
Com mudanças, é possível ouvir os pneus derrapando agora

Antes, o barulho era de rock and roll. Agora, está mais para uma baladinha romântica, dessas que a gente escuta para tentar pegar no sono. O som dos motores V6 de 1,6 litro, que substituíram os 2.4 V8 na Fórmula 1, não está empolgando os fãs da categoria. Em fóruns sobre automobilismo e redes sociais, só se leem reclamações. Atual campeão mundial, Sebastian Vettel chegou a usar uma palavra de baixo calão para definir a “melodia”. Mas por que o novo propulsor soa tão diferente?

O volume do som não tem nada a ver com a redução do tamanho e do número de cilindros. Isso influencia na forma como os motores soam, não na intensidade”, diz o engenheiro da JL Racing Products, que constrói os modelos da Stock Car, Gustavo Letho Gomes. “O V6 tem som diferente do V8 porque há menos peças (no caso, cilindros) envolvidas em uma rotação”, explica.

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De acordo com ele, 90% da responsabilidade pela redução da intensidade do ruído do motor é da turbina, novidade para este ano. “Ela interfere na velocidade de saída dos gases do motor, que é menor”, diz Gomes. Isso faz com que o ruído fique bem mais baixo que o de propulsores aspirados, como os V8 usados até 2013.

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Além disso, agora há o sistema ERS, que conecta o turbo ao Kers para recuperar energia a partir da turbina. “Esse dispositivo ajuda a abafar o som do propulsor. Ele não existia há cerca de 25 anos, quando também eram usados os turbos.”


Nas desacelerações, chama a atenção o barulho que lembra um assobio e é típico de picapes com motor turbodiesel, por exemplo. Isso ocorre porque, nas reduções de marcha, o freio-motor entra em ação, desacelerando o propulsor, processo que gera turbulência dentro da turbina, que está em rotação bem mais alta.

VAI BEM

O ponto positivo dessa mudança é que agora é possível ouvir, por meio da transmissão da TV, barulhos antes só conhecidos por quem já assistiu a uma corrida de Fórmula 1 na pista, como o dos pneus derrapando em frenagens e curvas.


Ah! Sabe aquele estrondo forte, até meio assustador, que o carro de Fórmula 1 faz quando chega no fim das retas? É o ruído da redução de marcha.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.