O SUV Renault Captur com motor 1.3 turbo flexível já é fabricado em São José dos Pinhais (PR) e chega neste mês de junho como linha 2022. A montadora francesa anunciou o início de produção nesta quarta-feira (9) com a divulgação de uma imagem que mostra o novo Captur saindo da linha de montagem ainda coberto por um tecido preto que revela apenas as luzes de LED — uma das novidades serão os faróis full LED.
Ainda nesta semana, a empresa promete fazer também a apresentação técnica do Captur 2022. Detalhes sobre visual, conteúdo e, claro, como anda e quanto custa o novo Captur 1.3 turbo serão revelados em breve aqui no Jornal do Carros e também em nosso canal no YouTube.
Espera-se, porém, como aponta o próprio teaser, que, além do motor mais eficiente e vigoroso, o novo Captur tenha visual alinhado com a nova identidade europeia da Renault. Exemplo disso são a nova grade com faróis interligados, mais afilada, bem como as luzes de LED verticalizadas nas extremidades dos para-choques.
Motor feito com a Mercedes-Benz
A Renault diz que o motor 1.3 turbo faz parte da família TCe, mas a real origem dele tem também DNA alemão. Mercedes-Benz e Renault mantém programas de cooperação e troca de tecnologia. Um exemplo recente dessa parceria — e que aguarda desde 2018 para fazer a sua estreia no Brasil — é a picape média Renault Alaskan.
Projeto conjunto da Renault com a Mercedes-Benz e com a Nissan, dá origem à conhecida Frontier e à “natimorta” Mercedes Classe X. No exterior, a colaboração entre as marcas rende, ainda, as atuais gerações dos subcompactos Twingo, do lado francês, e Smart, dos alemães.
Da mesma maneira, a Mercedes usa o 1.3 turbo, por exemplo, no Classe A e nos SUVs compactos de luxo GLA e GLB. Com quatro cilindros e injeção direta, além de gerenciamento feito por câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas, o novo motor gera 163 cavalos de potência e 25,5 kgfm de torque.
De volta à Renault, o motor 1.3 turbo chegou recentemente nos mercados da Colômbia e do México. E sob o capô do novo Duster, veja só. Nesta aplicação do Duster, o TCe 1.3 turbo gera 156 cavalos e 25,4 kgfm, combinado com câmbio CVT, mas consumindo apenas gasolina.
Ainda para estes mercados latino-americanos, a Renault aponta consumo oficial combinado de 19,4 km/l, performance melhor que os 17,3 km/l do Duster com o motor 1.6 aspirado nestes mercados. O motor 1.3 turbo usado no Brasil, entretanto, terá a vantagem beber também etanol, com elevação da potência. Assim, espera-se algo na casa dos 170 cv.
Captur dá início à renovação da Renault
Em março, o presidente da Renault do Brasil, Ricardo Gondo, anunciou investimento de R$ 1,1 bilhão na fábrica paranaense. Dessa forma, este montante servirá para a renovação de seus produtos à venda no Brasil. A fabricante promete cinco remodelações de modelos da gama atual em um ano, ou seja, até junho de 2022. O investimento servirá para renovação de veículos da gama atual, assim como para fazer o motor turbo 1.3 flex.
Kwid, Logan, Sandero, Oroch são os próximos
Em seguida, a Renault planeja lançar a reestilização do subcompacto Kwid, que atua no segmento de entrada. O hatch com jeito de SUV estreia ainda em 2021. Por sinal, o Kwid já teve renovação apresentada globalmente em 2019, na Índia. Lá fora, há até mesmo um Kwid em configuração elétrica, lançado no final de 2020.
Depois de Captur e Kwid, estarão na fila da mudança os compactos Sandero, Logan e Stepway, que foram levemente remodelados em 2019, mas cuja nova geração, com emblema da Dacia, já está à venda na Europa desde 2020. O SUV Duster trocou de geração em 2020, mas há chance de receber o motor 1.3 turbo flexível do novo Captur.
Também é preciso contabilizar a atualização da picape Oroch. Este projeto aguarda por mudanças, para ter mais chances de lutar no segmento dominado pela Fiat Toro e que terá muita movimentação em breve, com as novas Chevrolet Grand Montana, Ford Maverick e Volkswagen Tarok.
Nesse ínterim, projetos como os novos Sandero, Logan e Stepway podem ser contados como um só. E o uso do motor turbo no Duster pode ficar fora da lista, já que o SUV trocou de geração há apenas ano. Assim, há ainda espaço para incluir o comercial Master neste rol de renovações. De toda forma, o utilitário, que segundo a Renault lidera o segmento há sete anos, é um dos modelos mais em dia dentro da atual gama da marca.