Não há ninguém no Brasil que não cite o Pajero em uma conversa sobre o mercado de SUVs. O modelo da Mitsubishi tem, no País, uma de suas melhores imagens de marca no mundo, por ter sido um dos pioneiros do segmento. E quer ampliar ainda mais essa boa percepção com a chegada do novo Pajero Sport. Ele invade as recém abertas concessionárias por R$ 291.990 na versão HPE e R$ 318.990 na configuração HPE-S, topo de linha sem nenhum opcional.
O modelo avaliado foi o completão, que tem sete lugares e espaço de sobra para grandes famílias. Ele traz debaixo do capô um motor quatro cilindros turbodiesel que gera 190 cv e 43,9 mkgf de torque. Acoplado a um câmbio automático de oito marchas com opção de trocas atrás do volante. No curto período de avaliação do modelo foi possível perceber que o torque máximo, já disponível a partir dos 2.500 giros, faz o modelo grandalhão de duas toneladas ter um bom poder de arrancada. Principalmente em situações urbanas como ultrapassagens e saídas de semáforo.
Manter os 50 km/h da maiorias das vias também é bem fácil, com o motor girando super baixo, na casa dos 1.500 rpm. Economizando combustível. Mas basta pisar no acelerador que o câmbio faz a sua parte de puxar a força do motor para o Pajero Sport ir além. Há certo atraso no início da arrancada. Mas nada fora do normal para um modelo desse porte com motor de quatro cilindros.
Como faz parte da categoria de utilitários de verdade, com tração 4X4, reduzida, diferencial blocante e outros aparatos, o Pajero Sport não é um devorador de curva. E nem possui um desempenho esportivo. Suas novas rodas de 18 polegadas calçam pneus 265/60, que fazem uma boa mistura para pegar o asfalto esburacado das cidades e as trilhas do interior. Mas que, juntos das suspensão independente na dianteira e eixo rígido na traseira, deixam o modelo mais molenga. Um defeito? Não. O esperado.
Segundo a Mitsubishi, o novo Pajero Sport é o modelo mais tecnológico feito pela marca até hoje. Para receber esse status, o SUV, na versão HPE-S, vem com Adaptive Cruise Control (ACC) e teto solar (que são opcionais por R$ 8 mil na HPE). Mais monitoramento de ponto cego, um sistema que impede aceleração involuntária, sete air bags e quatro opções do condução no modo off road. Que são cascalho, lama/neve, areia e pedra.
Fora isso, há um novo sistema de entretenimento com tela de oito polegadas sensível ao toque. Ela é compatível com os sistemas Android Auto e CarPlay, e sincroniza apps como Waze, Maps e Spotify direto na tela. Ela também compartilha informações com o novo painel todo digital do carro. Que é de série na versão HPE-S.
Outros mimos também estão disponíveis, como o aplicativo Remote Control. Por meio de um smartphone, o dono do carro pode abrir o porta-malas remotamente, programar um tempo para a abertura das portas, abrir os quatro vidros e até acender os faróis.
Na parte visual o novo Pajeto Sport traz a atual identidade de estilo da Mitsubishi, chamada de Dynamic Shield, que estreou aqui no SUV Eclipse. Os faróis principais, auxiliares e para-choque foram totalmente reformulados. Na traseira, as lanternas, alvo de críticas antes por serem muito grandes, foram diminuídas. Formam agora um conjunto um pouco mais harmônico.
Pajero Sport também mudou por dentro
O acabamento interno também foi reformulado, com mais detalhes em preto brilhante e metal, para dar um aspecto mais sofisticado. O console central está mais estreito, mas ainda com porta-objetos. E os assentos ganharam forração integral de couro. O couro não é tão macio, mas como tem que funcionar também para pessoas que possam vir a sentar cheias de terra e lama, um material mais frágil rasgaria rápido.
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Ainda na parte de dentro do carro, a posição de dirigir é muito boa, bem centralizada e os bancos são muito confortáveis. O funcionamento e sensibilidade da tela multimídia são bons e o sistema, que a princípio parece simples, se torna bastante funcional. Sem frescuras ou muitas firulas desnecessárias. O painel digital também dá um charme a mais para o carro. Em especial o desenho escolhido para mostrar o rpm subindo. Muito interessante.
O espaço para sete pessoas é literalmente para sete pessoas. Os três ocupantes de trás vão bem, sem ficar roçando o ombro. E os dois assentos no porta-malas são fáceis de acessar e têm bom espaço para adultos. Com eles rebatidos, é possível levar 971 litros até o teto. Que saltam para 1.731 litros com os bancos da segunda fileira abaixados também.