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Toyota confirma híbrido flex plug-in no Brasil para encarar BYD e GWM
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Toyota confirma híbrido flex plug-in no Brasil para encarar BYD e GWM

Toyota classifica primeiro estágio de resultados como promissores, mas não diz quando a nova tecnologia chegará às ruas; SUV RAV4 é cobaia

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

12 de set, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Toyota
O híbrido plug-in flex combina motor a combustão e elétrico recarregável em tomadas, com zero emissões
Crédito:Toyota/Divulgação

A Toyota deu início aos testes para implementar o uso de etanol na tecnologia híbrida plug-in da empresa. Ainda não há confirmação sobre quais modelos da gama nacional ganharão a novidade, nem quando. Mas o plano de investimento vale para os próximos 5 anos. Neste primeiro estágio, os estudos se mostram promissores. O anúncio é uma clara resposta às chinesas BYD e GWM, que vêm se destacando nas vendas de híbridos.



A iniciativa reforça o pioneirismo da marca no desenvolvimento de novas rotas tecnológicas rumo à neutralidade de carbono. Isso, portanto, tem o objetivo de aumentar o uso de componentes brasileiros nos modelos híbridos. A montadora, a princípio, ressalta que esses testes estão alinhados com os planos de investimento em avaliação para o próximo ciclo. Há, portanto, uma possível futura produção nacional de veículos híbridos plug-in flex fuel (PHEV-FFV).

RAV4

A fabricante vem usando, nos testes, um RAV4 PHEV. Sua base é um sistema híbrido full, como no sedã Corolla e no SUV Corolla Cross, que tem bateria de alta capacidade e um motor elétrico de maior potência.

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Toyota
Toyota/Divulgação

“Partindo do princípio de que o híbrido flex possui um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas e sua queima na combustão do carro, estamos animados com os testes em um híbrido plug-in”, afirma Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.

10 anos: Prius foi o primeiro híbrido do País (JF DIORIO/ ESTADÃO)

Criticada pelo não incentivo ao carro 100% elétrico em alguns mercados, como no Brasil, a marca acredita, contudo, que a melhor tecnologia em eletrificação consiste naquela que se encaixa à infraestrutura local. A ideia da Toyota é, portanto, considerar a matriz energética de cada país onde atua como ponto crucial para essa virada de chave da indústria como um todo no sentido da descarbonização. No mercado brasileiro, o etanol é parte fundamental para que a eletrificação avance, de fato, com ganhos reais em baixas emissões de CO2.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.