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Toyota fará recall por problema grave em motor do Camry
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Toyota fará recall por problema grave em motor do Camry

Unidades do Camry vendidas nos Estados Unidos têm pistões maiores do que o indicado para o motor

Redação

31 de mar, 2018 · 2 minutos de leitura.

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camry
Camry americano tem problema sério no motor
Crédito:Foto: Toyota
camry

A Toyota vai precisar fazer um recall em 1.730 unidades do Camry vendido nos Estados Unidos por um motivo bem pouco usual. Um erro na linha de montagem fez com que os motores desses carros saíssem com pistões mais largos do que o especificado.

Os pistões errados farão os motores terem problemas graves com o uso. O propulsor perderá suavidade de funcionamento, vai soltar fumaça pelo escapamento e fazer ruídos estranhos. Além disso, luzes espia vão acender no painel e o carro poderá perder potência. Em casos extremos, o motor pode até parar de funcionar de repente.

A fabricante vai substituir os motores por completo para sanar o problema. As unidades envolvidas já são da oitava geração do Camry, lançada em meados de 2017.

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No Brasil

Apenas a versão de topo XLE é vendida no País. Ela é equipada com motor V6 de 3,5 litros e 310 cv. O sedã será vendido por encomenda a R$ 189.990. Com 310 cv e e 37,7 mkgf, o novo Camry é mais forte que o antecessor. O modelo antigo vinha com 277 cv e 35,5 mkgf extraídos do mesmo V6. A transmissão é automática de oito marchas. As unidades importadas para cá são produzidas no Japão e não devem ter o problema apresentado nos Estados Unidos.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”