A Toyota anunciou a ampliação da capacidade produtiva dos modelos Hilux e SW4 em 2023. Para isso, o complexo fabril da marca em Zárate, Argentina, terá um inédito terceiro turno. Assim, a Toyota planeja produzir 182 mil unidades anuais, um recorde para a unidade que só fabrica a picape e seu respectivo SUV. É provável que a planta passe a montar um furgão derivado da Hilux num futuro próximo, mas ainda não há confirmação.
O anúncio vem após um investimento de US$ 60 milhões (cerca de R$ 320 milhões) para ampliação do complexo. Dessa forma, o local funcionará 24h por dia, de segunda a sexta-feira pela, primeira vez em 25 anos. Segundo a Toyota, 2 mil novos postos de trabalho direto serão necessários. Nas projeções da empresa, o impacto na cadeia de fornecedores de autopeças será de US$ 100 milhões (R$ 530 milhões) extras no período.
Toyota Hilux e SW4 hermanas, pero no mucho
De acordo com a Toyota, 80% das Hilux e SW4 produzidas em Zàrate têm como destino mercados fora da Argentina. O Brasil, por sua vez, é um dos principais. Por aqui, a Hilux lidera entre as picape médias, pouco atrás da Fiat Toro, de tamanho e preço menores. Na comparação com as rivais de mesma categoria, ou seja, picapes montadas sobre chassis, a vantagem da Toyota é considerável. Até novembro 42.825 unidades da Hilux ganharam as ruas no Brasil. No mesmo período, foram 45.272 unidades da Fiat Toro e 23.754 unidades da Chevrolet S10.
O SUV SW4, por sua vez, perdeu a liderança para o Jeep Commander, rival de tamanho e preço menores, assim como na comparação entre Hilux e Toro. De toda forma, o SUV da Toyota acumula 12.342 unidades emplacadas até o momento. O número representa mais do triplo de unidades comercializadas de seu rival direto, Chevrolet Trailblazer, segundo melhor colocado da categoria, com 2.914 unidades emplacadas até novembro.