No início desta semana, o SUV pequeno Toyota Raize e seu irmão gêmeo Daihatsu Rocky estrearam na Indonésia. Além de detalhes sobre a comercialização da dupla, a Toyota anunciou em um vídeo que exportará o compacto do sudeste asiático para outros 50 países, incluindo localidades da América Latina. Portanto, devemos receber o veículo diretamente da Ásia.
Embora a Toyota não tenha nomeado os países que receberão o Raize, é muito provável que o Brasil esteja nesta lista. Afinal, a categoria dos SUVs pequenos é estratégica no país, pois combina o DNA de veículo urbano, à melhores índices de consumo e visual moderno.
Vale lembrar, inclusive, que no começo de 2020 o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) homologou o Raize. Na gama da fabricante japonesa, ele deve ficar posicionado abaixo do Corolla e acima do Yaris.
Destaques do SUV
O jipinho é montado em uma plataforma derivada da bem sucedida TNGA. Assim, ele mede 4,03 metros de comprimento, 1,71 metros de largura, 1,63 metros de altura e 2,52 metros de entre-eixos. Com o intuito de obter isenções fiscais, a versão indiana no compacto utilitário esportivo é ligeiramente menor e mede 3,99 metros de comprimento.
Assim, ele chega na Indonésia com duas opções de conjuntos mecânicos. O primeiro utiliza o motor 1.0 turbo que gera até 98 cv e 14,2 mkgf de torque máximo, enquanto o segundo dispõe do motor 1.2 aspirado de três cilindros que garante até 88 cv e 11,4 mkgf.
A depender da versão, o câmbio pode ser automático do tipo CVT ou manual de cinco marchas. No país do sudeste asiático, a Toyota oferece o SUV em duas versões: 1.0 G Type, 1.2 G Type e GR Sport
Versão GR Sport
A Toyota também disponibiliza uma configuração assinada pela divisão esportiva Gazoo Racing para o Raize. Ele utiliza o motor 1.0 turbo de 98 cv, apresenta visual esportivo, traz suspensão diferenciada e recebe um “kit aerodinâmico”
No quesito segurança, o SUV subcompacto apresenta assistência de mudança de faixa, sistema de pré-colisão, controle de cruzeiro adaptativo, alerta de tráfego cruzado traseiro, monitor de ponto cego, alerta de saída de faixa de rodagem com assistência no volante e seis airbags.
Câmbio pode desfavorecer importação
Por se tratar de um SUV de entrada, a importação pode ser prejudicial para sua comercialização no Brasil. Por causa do dólar alto, o produto pode chegar a um preço muito maior do seu valor verdadeiro. Na Indonésia, por exemplo, o Raize custa a partir de 219.900.000 rúpias indonésias, o que equivale a cerca de R$ 82,4 mil na conversão direta.
Diferentemente do México, a Indonésia ainda não possui acordos bilaterais de comércio com o Brasil. Então, caso o produto venha para cá, ele recebe um acréscimo de 30%, oriundo do imposto de importação, além do dólar alto. Desse modo, ele deverá custar muito mais do que seus rivais diretos produzidos no Brasil, como será o caso do Nissan Magnite, por exemplo.