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Veículo que voltou das férias deve ser revisado
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Veículo que voltou das férias deve ser revisado

Belisa FrangioneAs férias terminaram e é hora de revisar o carro. Tanto veículos que pegaram a estrada quando aqueles que... leia mais

06 de fev, 2013 · 4 minutos de leitura.

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 Veículo que voltou das férias deve ser revisado

Belisa Frangione

As férias terminaram e é hora de revisar o carro. Tanto veículos que pegaram a estrada quando aqueles que ficaram parados durante esse período merecem passar por uma geral. Especialistas recomendam inspecionar itens como pneus, rodas, suspensão e até o limpador de para-brisas.

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Há reparadoras que oferecem gratuitamente esse tipo de revisão preventiva, caso da Oficina Brasil, com diversas unidades na cidade (www.redeoficinabrasil.com.br). É preciso agendar o serviço.

Um dos cuidados mais importantes é lavar bem o carro que foi ao litoral ou trafegou em estradas de terra. “Manter o veículo limpo elimina resquícios de areia, poeira e facilita a identificação de vazamentos de óleo e água”, explica o professor do curso de Engenharia Mecânica Automobilística da FEI, Ricardo Bock.

Quando o carro passou por vias esburacadas, há o risco de a suspensão ter sido danificada. “Podem ocorrer o estouro de buchas e pinos”, diz o mecânico Pedro Luiz Scopino.


Na oficina que leva seu sobrenome (3955-8086), na zona norte, trocar as buchas da suspensão parte de R$ 200. O valor dependendo do carro.

É aconselhável calibrar todos os pneus – inclusive o estepe – além de trocar os filtros de combustível, óleo, ar e cabine (nos carros com ar-condicionado). “São peças que acumulam impurezas”, lembra o consultor técnico da Oficina Brasil, Antônio Costa.

Para um Corolla, na Sun North (395-8086), autorizada Toyota que fica na zona norte, cobram-se R$ 58,05 pelo filtro de ar. O de combustível sai por R$ 22 e o de óleo tem preço sugerido de R$ 33,50.


Ficar de olho para identificar eventuais vazamentos é outro conselho para o caso de veículos que “tiraram férias”. “O chão da garagem é um bom ‘dedo-duro’. Verifique debaixo do carro se há resquício de água e óleo”, diz o analista do Cesvi-Brasil Gerson Burin.

Diretor técnico da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Marcus Vinícius Aguiar, aconselha a checar o limpador de para-brisa. “Como janeiro foi muito quente, a borracha pode estar ressecada. Veja se as lâmpadas estão funcionando corretamente.”


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”