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Veja o quanto faturaram as montadoras de carros no Brasil em 2022
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Veja o quanto faturaram as montadoras de carros no Brasil em 2022

Fiat foi a vencedora entre as montadoras que atuam no País, com faturamento anual de R$ 45,3 milhões; Porsche lucrou R$ 680 mil por carro

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

01 de fev, 2023 · 3 minutos de leitura.

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montadoras ranking marcas
Fiat representou cerca de 20% do mercado em janeiro
Crédito:Fiat/Divulgação

A Fiat foi a montadora que mais faturou no Brasil em 2022. O relatório da Jato Dynamics, consultoria especializada na indústria automobilística, aponta que a italiana ganhou R$ 45,3 bilhões ao longo do ano passado no País. Da mesma forma, a fabricante foi a que mais emplacou automóveis e comerciais leves 0-km entre as montadoras presentes no mercado brasileiro, com mais de 430 mil emplacamentos e quase 22% de participação nas vendas.



Em seguida vem a Toyota, na segunda colocação do ranking. Embora tenha sido a quarta colocada nos números de vendas, com 191 mil unidades e 9,8% de participação de mercado, a japonesa obteve um faturamento de R$ 39 bilhões em 2022. Isso foi possível porque a Toyota comercializa produtos mais caros, como o Corolla sedã, que tem tabela de R$ 146.890 na versão GLi. Para comparação, por exemplo, o Mobi Like, carro mais barato da Fiat, custa R$ 68.990.

montadoras
Fiat/Divulgação

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Em terceiro lugar vem a General Motors, com lucro de R$ 37,7 bilhões apenas com a marca Chevrolet. Volkswagen e Jeep fecham o “top 5” com R$ 31,4 bilhões e R$ 26,6 bilhões, respectivamente. Por fim, em relação aos ganhos por carro emplacado, a Porsche dispara com os maiores montantes. Para ilustrar, enquanto a Renault ganhou apenas R$ 99.261 por veículo, em média, a marca alemã faturou R$ 680.693 por exemplar entregue no País.

Veja o faturamento das montadoras no Brasil em 2022:

  • 1ª) Fiat: R$ 45,3 bilhões (429.591 unidades vendidas)
  • 2ª) Toyota: R$ 39 bilhões (191.109)
  • 3ª) Chevrolet: R$ 37,7 bilhões (291.036)
  • 4ª) Volkswagen: R$ 31,4 bilhões (271.013)
  • 5ª) Jeep: R$ 26,6 bilhões (137.339)
  • 6ª) Hyundai: R$ 19,7 bilhões (187.651)
  • 7ª) Renault: R$ 12,5 bilhões (125.930)
  • 8ª) Nissan: R$ 8,2 bilhões (53.587)
  • 9ª) Honda: R$ 7,5 bilhões (56.622)
  • 10ª) Caoa Chery: R$ 6,2 bilhões (34.977)
  • 11ª) Mitsubishi: R$ 6 bilhões (22.580)
  • 12ª) BMW: R$ 5,6 bilhões (13.765)
  • 13ª) Ford: R$ 5,4 bilhões (19.480)
  • 14ª) Peugeot: R$ 4,7 bilhões (41.657)
  • 15ª) Citroën: R$ 3,7 bilhões (32.048)
  • 16ª) Mercedes-Benz: R$ 3,3 bilhões (8.833)
  • 17ª) Audi: R$ 2,3 bilhões (5.482)
  • 18ª) Porsche: R$ 2,2 bilhões (3.232)
  • 19ª) Volvo: R$ 2,2 bilhões (5.267)
  • 20ª) Land Rover: R$ 2 bilhões (3.653)

*Dados da Jato Dynamics do Brasil.

Atualizada às 19h01


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”