O Polo Automotivo de Goiana (PE) é o cenário escolhido pela Stellantis para dar início a produção do primeiro modelo do grupo dotado da tecnologia Bio-Hybrid. Este é o nome da solução desenvolvida pela empresa para a eletrificação com motorização flex e a etanol, além dos 100% elétricos a bateria totalmente desenvolvidos e produzidos no Brasil. De acordo com comunicado emitido nesta terça-feira (17), serão três sistemas híbridos disponíveis no País: híbrido leve (MHEV), híbrido (HEV) e híbrido plug-in (PHEV). E tem, ainda, o 100% elétrico (BEV). O plano é iniciar a implantação já a partir do ano que vem.
Mesmo sem fornecer detalhes sobre quais carros ganharão o sistema, bem como suas datas, especulações já conseguem adiantar alguns possíveis modelos a receber os conjuntos. Na linha Jeep, a princípio, o Renegade seria um forte candidato ao conjunto MHEV – com a bateria de 48V aliada a um motor de 1.3 litro turboflex. Já os irmãos Compass e Commander ficariam com a opção híbrida plug-in (PHEV), que une um elétrico recarregável em tomadas e o mesmo 1.3 turboflex.
Na ala das picapes da Stellantis, contudo, Fiat Toro e RAM Rampage ganhariam a opção híbrida convencional (HEV), que une motor elétrico e o 1.3 turboflex. E, por fim, a opção 100% elétrica ficaria com o e-208 (hoje, importado da França) e o novo eC3, já flagrado no Brasil. A produção da dupla ficaria, portanto, a cargo da unidade de Porto Real (RJ).
Por todo o País
De acordo com o comunicado, a Stellantis avançará com a tecnologia que combina motores térmicos e eletrificação em seus três polos automotivos localizados no Brasil. São eles: Betim (MG), Porto Real (RJ) e Goiana (PE). Este avanço simultâneo é possível porque a tecnologia Bio-Hybrid é de aplicação flexível e pode equipar vários modelos produzidos pela Stellantis.
As três plataformas da família Bio-Hybrid têm tecnologias diferentes, que contam com distintos graus de combinação térmica e da eletricidade na propulsão do veículo. Cada uma delas tem sua aplicação e, juntas, atendem a todas as faixas de clientes.
“Nossas tecnologias de descarbonização privilegiam as características e recursos do Brasil, como o etanol e a energia elétrica limpa”, afirma Antonio Filosa, presidente da Stellantis para a América do Sul. “Representam um esforço de nacionalização da produção. Nossa prioridade é descarbonizar a mobilidade, e queremos fazer isto de modo acessível para o maior número de consumidores, desenvolvendo tecnologias e componentes no Brasil”. A Stellantis, por fim, prevê a descarbonização total de suas operações e produtos até 2038. Haverá redução de 50% das emissões de CO2 já em 2030.
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