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Veja os tipos de acionamentos do câmbio
Tecnologia

Veja os tipos de acionamentos do câmbio

Hastes para trocar marchas dão lugar a ?borboletas?, teclas e até botão giratório

17 de set, 2014 · 5 minutos de leitura.

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 Veja os tipos de acionamentos do câmbio

O câmbio automatizado Dualogic do Fiat Uno, novidade na linha 2015, traz um tipo de acionamento bastante incomum, principalmente em modelos de entrada. Em vez da tradicional alavanca para a seleção de marchas, as trocas são feitas por meio de teclas localizadas no console central. Se preferir, o motorista pode usar as hastes atrás do volante para fazer as mudanças manualmente.

Em carros de luxo, as variações para o acionamento da transmissão são mais frequentes. Graças às tecnologias cada vez mais avançadas para as caixas automáticas, as montadoras têm investido em soluções que não só aumentam o conforto na hora de guiar, mas permitem aproveitar melhor o espaço interno, por retirar a alavanca da área central do console.

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A Jaguar Land Rover, por exemplo, utiliza um sistema em que a seleção das marchas é feita por meio de um botão giratório, que é recolhido automaticamente quando o carro é desligado – ficando no nível do console central. O seletor está disponível em modelos como os Range Rover Evoque e Vogue, da Land Rover, e nos sedãs Jaguar XF e XJ.

No caso da Mercedes-Benz, os modelos mais recentes trazem a alavanca de câmbio na coluna de direção. A seleção dos modos de direção (D,N,R e P) dos automóveis tradicionais é feita por meio desta haste. Nas versões AMG, por outro lado, o comando foi mantido no console para transmitir maior sensação de esportividade. “O objetivo da alavanca na coluna de direção é liberar espaço no console central”, diz o gerente de marketing da Mercedes do Brasil, Evandro Bastos.

Em todos os veículos da Aston Martin as trocas de marcha são feitas por um sistema acionado por meio de teclas no painel. No mais, o sistema é convencional. Trata-se de uma caixa automática com conversor de torque, que segundo informações da marca, possui características esportivas de velocidade de engate. As trocas são feitas em 0,13 segundos.


Alavanca na coluna surgiu nos anos 50


Câmbios com formas inusitadas de acionamento não são novidade no mundo automotivo. A alavanca na coluna de direção era muito comum nos carros norte-americanos fabricados entre as décadas de 1950 e 1970, de marcas como Dodge, Ford e Chevrolet. As hastes no assoalho ficavam reservadas aos modelos esportivos.


Como grande parte dos carros antigos tinha o banco dianteiro inteiriço para levar três pessoas, essa solução foi adotada para ampliar o espaço para quem viajava no meio. As transmissões eram manuais com três ou quatro marchas. Nos anos 50, modelos como Plymouth Fury e Ford Edsel já traziam câmbio automático acionado por botões.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.