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Venda de gasolina cai 9,2% no Brasil
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Venda de gasolina cai 9,2% no Brasil

Já o etanol serviu como alternativa frente à elevação do preço dos combustíveis e procura subiu 37,5%

02 de mar, 2016 · 3 minutos de leitura.

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 Venda de gasolina cai 9,2% no Brasil

O levantamento de vendas de combustíveis da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicou uma queda de 1,9% no consumo total de combustíveis em 2015, na comparação com o ano anterior. A queda foi puxada, sobretudo, pelo fraco desempenho da economia.

SegundoWaldyrBarroso, diretor da agência reguladora, a perspectiva é que neste ano haja uma estabilidade no volume de vendas. “Devemos ter um comportamento bem parecido, em função da própria queda na economia. Acredito que deve espelhar o que aconteceu ao longo de 2015, com estabilidade nas vendas em relação a 2015”, avaliou
Barroso.

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Para ele, o perfil do consumo neste ano também vai depender do resultado da safra de açúcar, que interfere sobre a produção de etanol e seus preços. “O consumidor vai para o posto com uma calculadora. Quando ele percebe que o preço do etanol está deslocado em até 70% em relação à gasolina, rapidamente ele entende que é vantajoso o etanol pela mesma quantidade de energia”, completou.

De acordo com os dados apresentados nesta quarta-feira (2), as vendas de gasolina no País caíram 9,2% em 2015 ante o ano anterior. Acompanhando o fraco desempenho da economia, o consumo de diesel também recuou, em 4,7%. Apenas o consumo de etanol cresceu no País, na faixa de 37,5%, como alternativa para o consumidor frente à elevação do preço dos combustíveis.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”