A Volkswagen lançou o Novo Polo 2023 em outubro e aproveitou a reestilização para reposicionar o hatch compacto. Com isso, o modelo ficou um pouco mais simples que na linha anterior, descartando, por exemplo, itens como os freios a disco nas quatro rodas (agora, usa tambores na traseira). Outra mudança importante foi a instalação do motor 1.0 turbo flex que era do Up! TSI. E a mudança trouxe a opção do câmbio manual de cinco marchas.
Nesta avaliação, aceleramos justamente o Polo TSI Manual, que, com as mudanças feitas, agora tem preço de R$ 92.990. A versão é uma das apostas para aumentar as vendas do hatch compacto. Após a aposentadoria do veterano Gol, esta pretende brigar em volume com os líderes do segmento, o Hyundai HB20 e o Chevrolet Onix. Para isso, além do preço, o VW Polo passa a ser um dos modelos com melhor consumo segundo o Inmetro.
Com gasolina, hatch roda 750 km
Um dos motivos que levaram a Volkswagen a trocar o motor do Polo foi a eficiência energética. Com o 1.0 turbo que era do Up! TSI, o hatch, então, apresenta menor consumo. Inclusive, segundo o gerente de produto, André Drigo, o compacto ganhou autonomia. Ele mantém o tanque de 52 litros, porém, bebe menos e roda mais. Com gasolina, alcança 750 km de autonomia em ciclo misto – a média, neste caso, é de 15,1 km/l com o câmbio manual.
Pelos números do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBVE), o novo VW Polo 2023 é um dos mais econômicos da categoria hatch compacto. A versão TSI que avaliamos é a que tem o melhor rendimento na gama. Com etanol, são 9,6 km/l na cidade e 11,5 km/l na estrada – média mista de 10,5 km/l. Já com gasolina no tanque, são 14 km/l e até 16,4 km/l, na mesma ordem, o que resulta no consumo médio citado de 15,1 km/l.
Perdas e ganhos no Novo Polo
O novo VW Polo deixa, portanto, de oferecer o motor 1.0 turbo flex com até 128 cv de potência e 20,4 mkgf de torque. O hatch agora traz uma versão atualizada do 1.0 turbo flex que era do Up!. Ele está mais forte, com até 116 cv com etanol e 109 cv com gasolina – antes, gerava 105/101 cv. Já o torque de 16,8 mkgf com ambos os combustíveis permanece igual. Junto com o motor, que resgata a sigla 170 TSI, vem o câmbio manual de cinco marchas.
Outro “downgrade” foi feito no sistema de freios, com a troca dos discos traseiros por tambores. Mas, segundo André Drigo, o sistema foi redimensionado e está melhor que antes. A frenagem total a 100 km/h é feita em 38,3 metros, abaixo, assim, da média da categoria, que é de 40 m. Além disso, há “upgrades”, como os faróis de LEDs em todas as versões. O conjunto tem um alcance noturno de 130 metros, ante 70 metros com lâmpadas halógenas.
Painel do Taos, multimídia do Fox
Visualmente, talvez muita gente nem note as mudanças no VW Polo. Isso porque a reestilização foi bem mais discreta no Brasil que na Europa, onde o hatch ganhou lanternas prolongadas, que invadem a tampa do porta-malas. Aqui, faróis, grade e para-choques foram sutilmente retocados, assim como as lanternas, que mantiveram o formato anterior, porém ganharam novo desenho de luzes e máscaras negras, que dão um ar mais esportivo.
A mesma lógica é vista no interior. A marca mexeu bem pouco no visual, que mantém as linhas da atual geração. Mas há evoluções, como o volante, por exemplo, no padrão mais moderno e com o novo logotipo da VW. Além disso, o quadro de instrumentos na versão TSI tem a tela de 8″ já da versão de entrada do SUV médio Taos. Ela é menor e permite menos customizações, por exemplo, que o display de 10″ da versão topo de linha Highline.
Veja aqui a ficha técnica completa do VW Polo TSI Manual.