Volvo XC60 T8 Polestar é um SUV feito para correr no asfalto

Qualquer Volvo XC60 chama atenção, seja pela beleza das linhas, seja pelas dimensões. Mas, além dos traços escandinavos espalhados por 4,69 m de comprimento, o SUV dessas fotos tem algo a mais. Ele tem estrela. A Volvo está vendendo no Brasil as versões Polestar do sedã S60 e do SUV XC60 T8. Polestar é a estrela guia, estrela do norte, e também o nome da divisão esportiva da marca sueca.

No XC60 T8 Polestar, que custa a partir de R$ 383.950, algumas coisas captam a atenção instantaneamente, especialmente quando visto de perfil. O SUV atrai pelas enormes pinças de freio douradas da Akebono, fornecedora japonesa que faz até freios para trem bala. Elas formam um belo conjunto com as rodas de 22 polegadas.

De frente e de traseira, o SUV é um pouco mais discreto. Ou, melhor dizendo, menos chamativo. A dianteira tem grade pintada de preto brilhante e uma pequena estrela, símbolo da Polestar. Só iniciados vão notar o detalhe. O para-choque é exclusivo. Da mesma forma, na traseira a pequena estrela guia estilizada volta a aparecer, e a discreta inscrição “Polestar Engineered” decora as ponteiras duplas de escape.

Volvo XC60 Polestar tem cintos amarelos

Se a estrela não é muito de chamar atenção, os cintos de segurança dourados atraem até quem está do lado de fora. Eles são os maiores destaques do lado de dentro, e fazem um belo contraste com os bancos de couro no tom “carvão”, segundo a denominação da fabricante.

A Polestar não interferiu no conjunto de motores e câmbio. Como em qualquer XC60 T8, o SUV tem propulsão híbrida. São 407 cavalos, que representam a soma dos 320 cv do motor 2.0 turbo a gasolina mais os 87 cv do propulsor elétrico. A dupla garante torque de 65,2 mkgf, e leva o carro a 100 km/h em 5,3 segundos. A máxima é de 230 km/h, de acordo com a marca.

Mas, se considerou que o conjunto motor-câmbio já tinha brilho suficiente, a Polestar concentrou seus esforços no acerto de chassi. As molas são mais rígidas, e os amortecedores, da Öhlins, são ajustáveis tanto na frente como atrás. Além disso, o modelo recebeu batentes e barras estabilizadoras exclusivos.

Tudo isso aliado aos pneus largos e perfil baixo (265/35) fazem do XC60 T8 Polestar um carro muito estável, mas também muito duro. Os pneus agarram nas curvas, mas a suspensão sofre com os buracos (e os ocupantes sofrem junto). Dependendo da falha no piso, a batida seca de fim de curso é forte. Por isso, na prática essa versão foi feita para asfalto de boa qualidade, a despeito da carroceria de SUV. Conselho de amigo: se você comprar um carro desses, evite a terra. Essa estrela foi feita para brilhar sobre boa pavimentação.

É um SUV, mas feito para o asfalto

Como ocorre em carros híbridos, em baixas velocidades, quando apenas o motor elétrico dá conta, o silêncio é total. Mesmo como os dois motores operando, o XC60 não é escandaloso. O motor a gasolina traciona as rodas dianteiras, enquanto o elétrico movimenta o eixo traseiro. Isso também explica o bom comportamento em curvas. O câmbio automático tem oito marchas.

Entre as peculiaridades dos automóveis da Volvo, está o botão de ignição. Ele não é de apertar, como em qualquer carro moderno, mas sim de virar para a direita, tanto para ligar como para desligar. Outra característica da marca sueca é o monitor vertical de 9” da central multimídia.

O acabamento impressiona, com couro nos bancos e no painel, além de superfície preta brilhante no console, contrastando com os cromados em detalhes como o seletor de modos de condução. Ali é possível escolher entre condução elétrica, híbrida, esportiva e 4x4. Os bancos apoiam bem o corpo e os dianteiros têm até um extensor para as pernas, tudo ajustável eletricamente. Além dos 407 cv dos motores, o SUV tem muita potência e qualidade também no sistema de som Harman Kardon: são 600 Watts, distribuídos por 13 alto-falantes.

Carga elétrica não dura muito

De acordo com a Volvo, o XC60 pode rodar até 40 km no modo puramente elétrico. Mas isso só acontece se o motorista resistir à tentação de pisar com um pouco mais de vontade no acelerador. Caso, contrário, a gente vê a autonomia da carga acumulada diminuindo rapidamente no quadro de instrumentos virtual de 12,3”. A Volvo informa que em uma tomada de 220 volts a carga total é obtida em três horas.

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Os faróis de LEDs acompanham as curvas e contam com assistente de facho alto. Eles baixam automaticamente para evitar ofuscamento de quem está na frente, indo ou vindo. Além disso, o modelo conta também com sistemas semiautônomos de condução, caso do controle de velocidade adaptativo (mantém distância do veículo da frente) e do alerta de mudança de faixa, com correção do volante. Esse último funciona a até 200 km/h, segundo a fabricante.

O SUV também freia sozinho, se detectar risco iminente de colisão com algum carro da frente. Mas o sistema é muito “assustado”, e às vezes ele “pisa” no freio sem necessidade. Mas a gente desculpa, afinal, ele faz isso em nome da segurança. E você que ainda tinha preconceito de carro feito na China, como fica agora?