Sucesso na década de 80, legião de fãs por causa do seriado ‘Sons of Anarchy’ e o estilo rebelde personalizado de fábrica que imputa a motocicleta uma fama de liberdade. A receita da Harley-Davidson Low Rider S que volta ao catálogo da marca no Brasil, a partir de R$ 73.600, é um clássico. A opção prata metálica sai a R$ 74.200.
A última vez que o modelo esteve à venda no Brasil foi em 2014 na versão padrão. Entre as mudanças estão o fato de que ela não trazia o sufixo S e fazia parte da, agora morta, família Dyna. Atualmente, o modelo teve uma série de melhorias e faz parte da família Softail.
Low Rider S: diferenças
A diferença entre as famílias estão na traseira monoamortecida oculta nas Softail contra os dois amortecedores convencionais nas Dyna. Quanto ao motor, as Dyna utilizavam um V2 montado sobre coxins e tinha uma resposta mais áspera e agressiva, enquanto as Softail, desde a primeira geração, usam balanceiros para ter menor vibração e serem mais suaves.
Ou seja, agora a Low Rider S manteve só o estilo de “mau”. Na versão S ela perde os cromados e ganha rodas e outros detalhes na cor bronze. Outras diferenças são a cobertura sobre o farol que forma um defletor e a saída de escape, que agora é dupla, ante a anterior que era do tipo 2×1.
Agora há ainda suspensão dianteira invertida, freios ABS, lanterna de freio na cor cristal, luzes de LEDs e banco estilo monoposto. Da herança da Dyna, além do estilo, o painel de instrumentos sobre o tanque com dois relógios sobrepostos.
A posição pode ser bastante estilosa, com o velocímetro analógico no superior com uma pequena tela digital, e o inferior com o conta-giros. Porém é pouco útil para a visualização e exige que o piloto tire os olhos da pista para focar nas informações.
Motor e ergonomia
O motor é o Milwaukee-Eight de 1.868³ de dois cilindros em V que entrega 16,4 mkgf a 3.000 rpm. Vale lembrar que a Harley-Davidson não divulga a potência de seus motores. Esse propulsor oferece na Low Rider S acelerações vigorosas. A transmissão de seis marchas tem uma relação voltada à uma pegada um pouco mais esportiva e isso acaba mitigando a boa entrega de torque, exigindo muitas trocas de marcha.
A pegada esportiva foi reforçada pelo ângulo de cáster reduzido. Passou de 30º para 28º na Low Rider S em relação a Low Rider convencional, cheia de cromados e com banco duplo, que continua à venda em alguns mercados, como os Estados Unidos.
Isso deixou as respostas as trocas de direção e as entradas em curvas mais rápidas. As pedaleiras altas e que deixam as pernas posicionadas em um ângulo de 90º ajudam a poder deitar mais nas curvas, mas reduzem substancialmente o conforto. O guidão avançado pede que o piloto se incline sobre o tanque. Pilotos menores, com até 1,7 metro, conseguem se sentir confortáveis na moto, mas não para pilotos maiores que isso.
O sistema de freio é composto por dois discos na frente de 300 mm com quatro pistões e um disco com 292 mm na traseira e dois pistões. É suficiente para parar a moto em qualquer situação, além de evitar que as rodas travem.
FICHA TÉCNICA – LOW RIDER S
Preço R$ 73.600
Motor: 1.868 cm³, V2, 8V, gasolina
Torque, 16,4 a 3.000 rpm
Câmbio: 6 marchas
Peso: 308 kg
Tanque: 18,9 l
PRÓS E CONTRAS
PRÓS – ESTILO
O estilo sem cromados e a pegada rebelde fazem da Low Rider S uma moto que chama a atenção por onde passa e que arrebata pelo olhar.
CONTRAS – ERGONOMIA
Apesar do painel também ser um pênalti, a ergonomia que não permite aproveitar a moto por longos trechos e cansa rápido e algo que incomoda muito.