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Harley-Davidson CVO Limited é a joia da coroa e tem números expressivos
Avaliação

Harley-Davidson CVO Limited é a joia da coroa e tem números expressivos

Por R$ 172.900, versão personalizada de fábrica da Ultra Limited tem motor potente e acabamento diferenciado

José Antonio Leme

10 de ago, 2019 · 7 minutos de leitura.

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cvo limited
CVO LIMITED
Crédito:WERTHER SANTANA/ESTADÃO

Custom Vehicle Operation, ou CVO. As motos com essa assinatura representam o que há de mais esportivo e luxuoso na linha Harley-Davidson. No caso da CVO Limited, tabelada a R$ 172.900, estamos falando do “topo do topo”. Ele custa R$ 69 mil a mais que a Ultra Limited, na qual é baseada.

Mas não é só o preço que impressiona. A CVO Limited tem peso de 431 kg em ordem de marcha. Como comparação, uma Honda CG 160 pesa 117 kg e um Renault Kwid Outsider, 806 kg. Para manobrar e parar, é preciso ter cuidado e bastante atenção.

No visual, a CVO Limited se destaca pela ausência de cromados e pelas peças feitas com e esmero. E até a identificação da marca é diferente. O logo é preto e não vem acompanhado do nome Harley-Davidson.

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Diferentes são também as manoplas, pedaleiras, pedal de câmbio e rodas, com desenho mais esportivo. Até as tampas dos reservatórios de óleo e gasolina têm acabamento luxuoso.

A pintura, exclusiva da versão, não se repete de um ano-modelo para outro. Na linha 2019, a CVO Limited tem dois tons de cinza metálico.

Há ainda escapamento com ponteira esportiva e detalhes como faixas vermelhas no cabeçote do motor. Já o para-brisa mais curto e curvo que o da Ultra Limited distorce um pouco a visão.


De série, essa HD traz sistema de som com quatro alto-falantes e faróis de LEDs. Como os fachos são adaptativos, direcionam, de forma automática, mais luz para o lado da inclinação da moto.

A chave é do tipo presencial – não é preciso introduzi-la no miolo para ligar o contato e dar partida no motor. E até o travamento do guidão tem acionamento elétrico.

Há duas malas laterais e um top case, que acomoda dois capacetes fechados. Sob esse compartimento há luzes de cortesia para iluminar o interior dos baús quando estão abertos. Nos três o travamento das tampas é elétrico.


A central multimídia tem navegador GPS e tela sensível ao toque mesmo sob chuva e se usuário estiver calçando luvas. Além disso, oferece respostas rápidas e tem função pinça. Dá para aumentar e reduzir o zoom da tela movendo o polegar e o indicador.

Motor apimentado para a CVO Limited

O coração da CVO Limited também é exclusivo. Trata-se do Milwaukee-Eight 117, dois-cilindros de 1.923 cm³ e 17,2 mkgf de torque. A Ultra Limited utiliza o Milwaukee-Eight 114, bicilíndrico de 1.868 cm³. A Harley-Davidson não divulga dados de potência.

Além de ser maior, o motor tem comando de válvulas mais esportivo. Com isso, a CVO Limited responde melhor e mais rapidamente aos comandos do acelerador. E o giro do bicilíndrico é cerca de 500 rpm maior.


Na prática, o giro do Milwaukee-Eight sobe rápido, o que permite melhor aproveitamento da força. Com o sistema de refrigeração mistura ar e óleo e tem novas peças, a dissipação de calor é mais eficiente. Isso evita que as pernas do piloto esquentem muito no trânsito urbano e em paradas de semáforo. Já o câmbio de seis marchas requer vigor na hora das trocas.

Sobre a CVO Limited, conforto é lei. Para o piloto há apoio adicional de lombar e banco largo, que reduz o cansaço em viagens longas. Ao garupa é reservada uma poltrona revestida de couro. Para ambos há aquecimento com ajustes individuais.

Com suspensões da marca Showa, essa H-D pode ser chamada de tapete mágico. O sistema garante muito conforto sobre qualquer pavimento. Isso apesar de o curso ter apenas 117 mm na dianteira e 76 mm na traseira. Atrás há também ajuste de pré-carga da mola por meio de um seletor na lateral. Nas curvas, a moto é muito estável e não “flutua” se houver imperfeições no piso.


Os freios a disco são duplos na frente e simples atrás, ambos com 300 mm de diâmetro. Há quatro pistões, ABS e acionamento combinado. Mesmo que o piloto pressione apenas o manete ou o pedal, os dois entram em ação. E têm potência de sobra para parar a moto com toda a segurança.

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