No mundo, a indústria está mudando rapidamente. Esse fenômeno faz com que carros novos, ao chegarem às lojas, façam rivais lançados um ano antes parecerem velhos.
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Porém, de vez em quando ocorre o contrário. Principalmente no Brasil. Há alguns carros novos que, lançados, já chegam parecendo velhos.
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Isso ocorre por diversos fatores. Um visual externo mal sucedido, ou conservador demais, pode fazer o lançamento parecer velho. Mas acredito a cabine e o conteúdo de tecnologia (no caso, a falta dele) são os fatores que mais “envelhecem” um carro recém-lançado.
Nos últimos anos, eu consigo me lembrar de três exemplos de carros novos que parecem velhos. Há um SUV, um subcompacto e um que tem versões hatch e sedã.
Para chegar a essa lista, não considerei reestilizações e novas reestilizações. Há apenas modelos realmente novos.
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Carros novos que não inovaram
Vamos começar pelo mais recente? A linha Yaris. É bem nítido que o carro trouxe menos soluções tecnológicas que seus dois principais concorrentes, a dupla Polo/Virtus e Argo/Cronos.
Isso mesmo chegando depois. Geralmente, quem chega depois inova. Até porque tem mais chance de inovar. É a lógica da qual falamos no primeiro parágrafo. A linha Yaris fez o caminho inverso.
Um exemplo simples: a central multimídia não traz Android Auto e Apple CarPlay. Aliás, a versão de entrada nem traz o sistema de entretenimento (quem quiser, instala como acessório, na concessionária).
Também acessório de concessionária é o DRL. Até o Honda City, um concorrente já bastante cansado, tem DRL de série.
Essa comparação com o Honda City realizada em uma análise que publicamos há muito tempo, aliás, foi o que mais ajudou a mostrar que o Yaris chegou sem inovar (veja aqui).
O modelo da Toyota tem muito em comum com o City muita coisa. E uma lista de equipamentos um pouco menos completa. Para parecer inovador, ele precisaria se aproximar do novo Virtus, não do velho modelo da Honda.
Carros novos iguais os velhos (ou piores)
Outros carros novos que parecem velhos lançados nos últimos anos são o Captur e o Mobi. Aqui, a razão é semelhante: eles não conseguiram inovar nem em relação a seus “irmãos”.
O Captur divide plataforma com o Duster. Porém, em relação ao veterano, o única inovação que trouxe foi o visual, mais bonito que o do SUV mais velho. De resto, eles são praticamente a mesma coisa, da cabine à mecânica.
No caso do Mobi, ele não trouxe nenhuma evolução ante o Uno. Era para ser um carrinho de estilo. Essa foi a mensagem da Fiat quando o lançou.
Porém, o Mobi se mostrou um Uno sem porta-malas, com acabamento pior e visualmente menos atraente. E, para piorar, deixou o Uno mais caro.
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