O ranking tradicional de emplacamentos soma varejo e vendas diretas. Porém, quando se separam esses dois grupos, o panorama do mercado de carros é bem diferente. E modelos da Honda, especialmente o Civic, passam a ter muito mais relevância.
Quando o assunto é varejo, a Honda é a marca que mais sobressai entre as dez maiores do País. Essa modalidade inclui vendas com nota fiscal de concessionária, não de fábrica.
Ela traduz melhor o gosto do consumidor brasileiro, pois descarta vendas especiais. Essas podem ser feitas no atacado (para empresas e frotistas), ou a grupos como taxistas e pessoas com deficiência, por exemplo.
Na maior parte dos casos, há grandes descontos, que acabam sendo determinante na escolha. O varejo não costuma ter essas condições especiais.
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Civic em destaque
Entre os modelos da lista dos 50 mais vendidos do País, o menos dependente das vendas diretas em maio foi o Honda Civic. O sedã teve apenas 4,5% de seus 2954 emplacamentos provenientes dessa modalidade de negócio.
No varejo, o Civic somou 2.821 unidades vendidas, ou 95,5% do total. Além disso, quando se descarta a venda direta, a distância entre o Honda e o Corolla não é um abismo.
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Isso porque, no geral, o Toyota somou mais de 5 mil emplacamentos em maio. No varejo, foram 3.723, vantagem de apenas 902 unidades para o Civic.
Outro Honda de destaque no varejo é o HR-V. Dos SUVs compactos, ele é o menos dependente das vendas diretas, que representaram em maio 11,9% de seus emplacamentos.
No varejo, o HR-V vendeu 3.664 do total de seus 4.155 exemplares – ou seja, 88,1%.
Hatches compactos
Os hatches compactos são bastante dependentes das vendas diretas. São maioria, por exemplo, nas frotas de locadoras, e também boas opções para o público PCD.
Porém, alguns conseguem sobressair no varejo. É o caso do Yaris, que obteve 85,2% de seus 3.222 emplacamentos provenientes dessa modalidade.
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Kwid e HB20 também foram bem, com 77,4% e 77,1%, respectivamente.
Chamou a atenção o Polo e Virtus abaixo dos 70% (até pouco tempo, os dois costumavam se destacar bastante no varejo). Apenas 65,5% de seus emplacamentos foram provenientes de negócios fechados no varejo. No caso do sedã, o porcentual foi de menos de 50%.
As vendas para PCD ajudam a explicar esse fenômeno. Os dois modelos são bastante procurados por esse público.
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