Não tem nada mais chato que o som escandaloso do sistema de alarme dos carros do Grupo FCA (Fiat-Chrysler). Pois bem: acaba de surgir algo igualmente irritante – ok, talvez um pouco menos. Trata-se da vibração do banco do Equinox. Compass e Equinox são as duas referências no segmento de SUVs médios.
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Porém, poderiam ser melhores se não tivessem sistemas totalmente irritantes. Talvez, até desnecessários. E que, em alguns casos, podem atrapalhar o motorista.
Vamos começar pelo Jeep Compass, o SUV mais vendido do Brasil – sim, o Compass acaba de ultrapassar o HR-V e assumir o primeiro lugar. Toda vez que vamos abrir e fechar o carro, é uma irritação e um constrangimento. O alarme grita.
Não, não dá para abrir mão desse sistema. A não ser que se queira desativar o alarme. Nesse caso, o sistema perde sua função de segurança.
O alarme escandaloso é problema de todos os modelos da nova safra da FCA. Argo, Mobi, Renegade. Dizem que os carros da Ferrari também têm esse tipo de alarme desnecessário.
Mas, se me permitem uma brincadeira: uma coisa é abrir e fechar uma Ferrari e chamar a atenção. Outra é o mesmo processo com um Mobi, né?
Brincadeiras à parte, em Ferrari ou Mobi, o som desse alarme é chato e constrangedor. Para a linha 2012, a FCA amenizou um pouco o problema.
O som está um pouco mais discreto. Ainda assim, continua incomodando um pouco.
O Compass tem também um som de alerta ridículo no sensor de ponto cego. Se você aciona a seta e o carro da faixa ao lado está a 200, 300 metros de distância, ele já começa a dar escândalo. Isso assusta o motorista.
Toda vez que escrevemos sobre o sensor de ponto cego, a FCA reclama. Diz que é injusto dizer isso, já que dá para modular o som do alarme (deixá-lo mais baixo ou mais alto) e até desligá-lo. Dá mesmo. Ainda assim, não dá para descartar o fato de que o sistema é ruim, além de impreciso.
FCA, que tal fazer um sistema que funcione bem? Que seja preciso, e não fique enviando alertas (mesmo que apenas luminosos, ao se desativar o sonoro) em situações que não são alarmantes?
A COISA CHATA DO EQUINOX
O Chevrolet Equinox, apesar de ter só uma versão, por cerca R$ 150 mil, é bem legal. O custo-benefício é ótimo. O problema é que o carro é restrito demais. Quem quer um SUV médio mais barato não vai encontrar essa opção no Equinox.
Porém, encontrará na maioria dos concorrentes. Isso, obviamente, limita o alcance do carro da Chevrolet.
O assunto aqui, porém, é o detalhe irritante do Equinox. Em vez de sistemas de alerta sonoro em manobras de estacionamento escandalosos, o carro emite uma vibração nas laterais dos assentos dos bancos.
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Difícil descrever a sensação. Cócegas? Choque? Mas vamos ao principal fato: o motorista leva um susto. Um baita susto.
Estou há uma semana com o carro. Ainda assim, continuo me assustando com essa vibração.
Nas manobras de estacionamento, isso não é tão grave. A velocidade é baixa, e o susto não chega a comprometer a segurança.
O problema é que o mesmo tipo de alerta vibratório é acionado quando o sistema entende que o Equinox está se aproximando muito do carro da frente. Nesse caso, o susto pode ser perigoso. Afinal, estamos falando de uma situação de rodagem em velocidade – alta, em alguns casos.
A boa notícia é que esse sistema é também pode ser desligado. Mas, nesse caso, perde sua função de alertar.
Independentemente disso, eu me irrito com esses sistemas “malas”. Se eles existem, não devem estorvar, e sim facilitar.
Se eu preciso desativá-los, porque eles incomodam. Então, quer dizer que não funcionam bem. Concordam ou discordam? Assim, fica a dica: FCA e Chevrolet, melhorem isso.
Sistemas irritantes à parte, acho Compass e Equinox SUVs excelentes. E olha que nem gosto de SUVs.
ATUALIZADO ÀS 14H15 DE 6 DE NOVEMBRO DE 2017
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