Primeira Classe

Equinox não é ameaça ao Compass

No duelo entre Compass e Equinox, novato nada mais é do que um modelo de nicho

Rafaela Borges

22 de nov, 2017 · 5 minutos de leitura.

Compass e Equinox" >
Compass e Equinox
Crédito: O rival em vendas que aguardamos para o Jeep ainda não chegou (Foto: Rafael Arbex/Estadão)

No comparativo entre Compass e Equinox publicado hoje, o modelo da Chevrolet triunfou. Mas não se iludam. O modelo da Jeep não passou a ter um rival à altura para desafiá-lo no ranking de emplacamentos.

VEJA TAMBÉM

Em outras palavras, o Equinox não vai conseguir incomodar o Jeep Compass no ranking de vendas.

Publicidade


O Chevrolet mostrou ser uma opção melhor que o Compass entre os utilitários-esportivos médios na faixa de R$ 150 mil. Mas em vendas, a chegada do Equinox deverá fazer pouca diferença na vida do Jeep. Ou nenhuma diferença.

A própria Chevrolet informa que não pretende vender mais que 700 unidades do Equinox por mês. Ou seja: trata-se de um carro de nicho.

A VANTAGEM DO COMPASS


O Compass não é de nicho. Longe disso. A variedade de versões, que inclui dois motores e vários pacotes de equipamento, atende uma grande faixa de consumidores.

Com mais de 4 mil emplacamentos por mês, é o SUV mais vendido do País, à frente de todos os compactos, que são mais baratos. Para comparação, há pequenos SUVs que partem da casa dos R$ 70 mil.

Já o Compass mais barato começa em cerca de R$ 108 mil. Esse é o valor da versão Sport com o motor 2.0 flexível. Completo, o modelo se aproxima dos R$ 200 mil.


O Compass pode até não ser o melhor em todos os segmentos, mas disputa vários nichos, sempre com competência e contando com a boa reputação da marca Jeep.

O modelo que quiser derrotar o Compass terá de oferecer variedade e sua fabricante deverá ser criativa e inovadora.

POR QUE NÃO O EQUINOX?


Certamente, esse rival a altura não será o Equinox. O modelo da Chevrolet é muito vantajoso na versão escolhida pela marca, a Premier. Seu maior mérito, como está claro no comparativo, é o motor de 262 cv, algo raro nesse segmento.

A Chevrolet pode trazer uma versão menos equipada e mais em conta para tentar equilibrar o jogo com o Compass? Pode sim. Ainda assim, será pouco. Faltará diversidade, até porque não haverá o maior mérito do Jeep, o motor a diesel.

Outra possibilidade é o Chevrolet trazer o Equinox 1.4 turbo. Em minha opinião, seria um erro. O motor de pouco mais de 150 cv talvez deixasse o carro lento. Afinal, trata-se de um SUV bastante pesado.


E o CR-V, que chega no ano que vem? O modelo deverá trazer sete lugares, uma grande vantagem. E um bom motor de 190 cv. A própria Honda, porém, trata o novo CR-V como um carro de nicho. Ela sabe que não tem armas para conseguir os volumes do Compass. E não vai nem tentar.

Por fim, a Volkswagen terá um SUV médio. Ainda não se sabe nada sobre o carro, além de fato de que ele será feito na Argentina. Será esse o carro a desafiar a hegemonia do Compass.

VEJA TAMBÉM: COMPASS E EQUINOX EM DETALHES


Newsletter Jornal do Carro - Estadão

Receba atualizações, reviews e notícias do diretamente no seu e-mail.

Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de privacidade de dados do Estadão e que os dados sejam utilizados para ações de marketing de anunciantes e o Jornal do Carro, conforme os termos de privacidade e proteção de dados.
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.