Primeira Classe

Gol oferece Wi-Fi gratuito em suas aeronaves por seis meses

Com 'Ao Vivo' no Facebook, companhia anuncia que é a primeira da América do Sul a ter internet a bordo

Rafaela Borges

05 de out, 2016 · 5 minutos de leitura.

Gol oferece Wi-Fi gratuito em suas aeronaves por seis meses
Crédito: Com 'Ao Vivo' no Facebook, companhia anuncia que é a primeira da América do Sul a ter internet a bordo

(Foto: Nacho Doce/Reuters)

 

A Gol começou nesta terça-feira (4) a oferecer Wi-Fi gratuito em suas aeronaves. O primeiro avião a ter internet a bordo foi o Boeing 737-800 prefixo PR-GUK, na rota Congonhas-Brasília-Congonhas, com decolagem às 10h45. Essa aeronave será usada em diversas rotas nacionais e internacionais da companhia.

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(No Instagram: @blogprimeiraclasse)

A segunda aeronave a receber o sistema de internet a bordo via Wi-Fi iniciará suas operações nesta quinta-feira (6). De acordo com a Gol, até outubro de 2018 todos os aviões da companhia trarão o sistema.

Com isso, a Gol é a primeira empresa aérea da América do Sul a ter internet a bordo, com possibilidade de acessar todas as redes sociais, e-mails e sites na internet. A partir de 20 de outubro, a plataforma será expandida, com a inclusão de entretenimento e programação por streaming.


Desde essa quarta-feira (5), os clientes são avisados, durante o voo, quando estão em aeronaves com o sistema. A internet a bordo, porém, será gratuita apenas por seis meses. A Gol não informou quanto cobrará pelo serviço ao final desse prazo.

O anúncio sobre a adoção do sistema foi feito de uma maneira criativa, que instigou a curiosidade dos seguidores da página da companhia no Facebook. Presidente da Gol, Paulo Kakinoff fez uma transmissão ao vivo da cabine de comando.


 

Após se apresentar, ele disse: “O comandante acabou de me falar que nós estamos a 33 mil pés.” Nesse momento, as reações de quem acompanhava a transmissão foram de surpresa e curiosidade. “Como assim? Vocês estão voando?”

“Transmissão no voo? Como pode?”


“Ué, agora tem internet no avião?”

O vídeo “viralizou”. Até a última checagem, às 19h15 desta quarta-feira (5), tinha 1,4 milhão de visualizações, mais que o “Ao Vivo” do Jornal do Carro na semana passada, mostrando o Civic Type R no Salão de Paris, que também foi “viral”.

Mas tudo bem, né? A gente se conforma. A ação foi criativa e mereceu a atenção.


Em seguida, o próprio Kakinoff foi à cabine anunciar a novidade aos passageiros – entre eles o blogueiro Hugo Gloss, que mostrou tudo em seus super populares perfis no Instagram e no Snapchat.

Kakinoff é velho conhecido da equipe do Jornal do Carro, pois já ocupou diversos cargos de direção na Volkswagen e, depois, tornou-se presidente da Audi, antes de deixar a marca de carros de luxo para assumir a Gol.

(Foto: Divulgação)

Na indústria automobilística, era conhecido por criar ações que, simples ou exageradas, eram sempre fenômenos de repercussão e comentários – como quando convenceu a direção da empresa a presentear um cliente com uma viagem espacial (algo que acabou não acontecendo, no fim das contas) ou ainda na ocasião em que levou um CrossFox aos trilhos do “bondinho” do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro.


Desde que está à frente da Gol, Kakinoff tinha desaparecido das ações de marketing. Agora, ressurgiu com essa. Simples, mas incrível e muito eficiente. Parabéns à Gol.

 

 


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”